1º BIMESTRE
Apresentação da disciplina.
Período correspondente do século V ao XV da História Ocidental.
O surgimento da Burguesia e sua influencia na mudança da sociedade.
Conhecendo a Primeira República do Brasil e os principais acontecimentos no mundo nas três primeiras décadas do século xx.
História do Brasil nas duas primeiras anos após a Independência.
A HISTÓRIA E OS SERES HUMANOS: TEMPO E ESPAÇO
Introdução ao estudo de História
Origens e dispersão dos seres humanos
MODOS DE VIDA E MODIFICAÇÕES DA NATUREZA
Os modos de vida dos primeiros grupos humanos
Modos de vida na América: povos do atual território brasileiro
Modos de vida na América: Mesoamérica e Andes
HISTÓRIA- 6º ANO (1º BIMESTRE)
A história é uma disciplina que estuda o passado humano, analisando eventos, ideias e movimentos que moldaram o mundo em que vivemos hoje. A compreensão da noção de tempo é fundamental para o estudo da história, pois permite a periodização dos processos históricos.
A periodização é a divisão da história em períodos distintos, cada um com suas características únicas. Esses períodos são geralmente definidos por eventos significativos ou mudanças que marcam uma ruptura com o período anterior e o início de um novo.
No entanto, a periodização não é uma ciência exata. Diferentes historiadores podem ter diferentes visões sobre quando um período começa e termina, e quais eventos são mais significativos. Além disso, a periodização pode variar dependendo da região do mundo que está sendo estudada.
A gênese da produção do saber histórico remonta à antiguidade, quando as primeiras civilizações começaram a registrar eventos e ideias em várias formas, desde inscrições em pedra até textos escritos.
As fontes históricas são os materiais que os historiadores usam para entender e interpretar o passado. Elas podem ser primárias (produzidas no momento que está sendo estudado) ou secundárias (produzidas posteriormente por historiadores).
As fontes primárias incluem uma variedade de materiais, como documentos escritos, artefatos físicos, fotografias e gravações de áudio ou vídeo. As fontes secundárias, por outro lado, são geralmente textos escritos por historiadores que interpretam e analisam as fontes primárias.
A análise de fontes históricas é uma parte crucial do trabalho de um historiador. Isso envolve avaliar a confiabilidade e a utilidade da fonte, bem como entender seu contexto e significado.
Em conclusão, o estudo da história é uma disciplina complexa e multifacetada que envolve a compreensão da noção de tempo, a periodização dos processos históricos e a análise de fontes históricas.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que é periodização?
2. Como a periodização pode variar?
3. O que é a gênese da produção do saber histórico?
4. O que são fontes históricas?
5. Qual é a diferença entre fontes primárias e secundárias?
6. O que envolve a análise de fontes históricas?
7. Por que a compreensão da noção de tempo é importante para o estudo da história?
8. Quais são algumas das formas que as primeiras civilizações usaram para registrar eventos e ideias?
v Questões subjetivas:
9. Como você acha que a compreensão da noção de tempo pode afetar nossa interpretação da história?
10. Por que você acha que é importante analisar e interpretar fontes históricas ao estudar a história?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A periodização é a divisão da história em períodos distintos.
12. ( ) Todas as fontes históricas são escritas.
13. ( ) A análise de fontes históricas não é importante para o estudo da história.
14. ( ) A compreensão da noção de tempo não é relevante para o estudo da história.
15. ( ) As fontes primárias são produzidas por historiadores que interpretam e analisam as fontes primárias.
A origem dos seres humanos é um tema de grande interesse científico e cultural. As hipóteses científicas apontam para a África como o berço da humanidade, onde os primeiros hominídeos surgiram há cerca de 6 milhões de anos.
A evolução desses primeiros hominídeos levou ao surgimento do Homo sapiens, nossa espécie, há cerca de 300.000 anos. Paralelamente a essas teorias científicas, existem diversos mitos de fundação que narram a origem da humanidade de maneiras simbólicas e metafóricas.
A dispersão dos seres humanos pelo planeta é um processo que ocorreu em várias ondas migratórias. A primeira grande migração ocorreu há cerca de 70.000 anos, quando grupos de Homo sapiens começaram a sair da África.
As teorias sobre a origem do homem americano são diversas. Uma das mais aceitas é a teoria do estreito de Bering, que propõe que os primeiros humanos chegaram à América atravessando uma ponte de terra que ligava a Ásia à América do Norte durante a última era glacial. Outras teorias sugerem rotas migratórias pelo Pacífico ou mesmo pela Antártica.
Independentemente da rota, o que se sabe é que os primeiros humanos chegaram à América há cerca de 15.000 anos.
A ocupação do território americano ocorreu de norte a sul, com grupos humanos se adaptando a diferentes ambientes e desenvolvendo culturas distintas. Essa diversidade cultural é uma das características mais marcantes das Américas.
A descoberta de sítios arqueológicos em diferentes partes do continente americano tem ajudado a traçar as rotas de povoamento e a entender melhor como ocorreu a ocupação desse vasto território.
Assim, a história da origem e dispersão dos seres humanos é uma fascinante jornada de descobertas e adaptações, que continua a ser desvendada por meio da ciência e da arqueologia.
v Perguntas sobre o texto:
1. Qual é a importância da África na origem dos seres humanos?
2. O que são os mitos de fundação?
3. Quando ocorreu a primeira grande migração dos seres humanos?
4. O que é a teoria do estreito de Bering?
5. Quais são algumas das outras teorias sobre a origem do homem americano?
6. Quando os primeiros humanos chegaram à América?
7. Como ocorreu a ocupação do território americano?
8. Como a arqueologia contribui para o nosso entendimento da dispersão dos seres humanos?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a compreensão da origem e dispersão dos seres humanos pode influenciar nossa visão de mundo atual?
10. Qual aspecto da história da dispersão humana você acha mais fascinante e por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Os primeiros hominídeos surgiram na África.
12. ( ) A teoria do estreito de Bering sugere que os primeiros humanos chegaram à América pelo Pacífico.
13. ( ) Os primeiros humanos chegaram à América há cerca de 50.000 anos.
14. ( ) A ocupação do território americano ocorreu de sul a norte.
15. ( ) A arqueologia não contribui para o nosso entendimento da dispersão dos seres humanos.
Os primeiros grupos humanos, conhecidos como hominídeos, surgiram na África há milhões de anos. Eles viviam em pequenos grupos nômades, sobrevivendo através da caça, pesca e coleta de alimentos.
Com o tempo, esses grupos começaram a desenvolver ferramentas e armas simples, marcando o início da Idade da Pedra. Essas ferramentas permitiram que eles caçassem animais maiores e coletassem alimentos de maneira mais eficiente.
A descoberta do fogo foi um marco importante na história humana. O fogo não só proporcionou calor e proteção contra predadores, mas também permitiu a cocção de alimentos, tornando-os mais seguros para consumo e mais fáceis de digerir.
A invenção da agricultura, durante o período Neolítico, marcou outra grande mudança nos modos de vida humanos. Isso permitiu que os humanos se estabelecessem em um lugar, cultivassem seus próprios alimentos e formassem comunidades maiores.
A escrita, desenvolvida pelos sumérios por volta de 3200 a.C., foi outra inovação crucial. Isso permitiu o registro de informações, a comunicação à distância e a formação de sistemas complexos de governo e comércio.
A história desses primeiros grupos humanos é estudada através de uma variedade de fontes, incluindo artefatos arqueológicos, registros escritos e tradições orais. Cada fonte oferece uma visão única sobre como esses grupos viviam e interagiam com o mundo ao seu redor.
No entanto, é importante lembrar que nossa compreensão desses primeiros grupos humanos é limitada. Muitas das suas práticas e crenças são desconhecidas para nós, e muito do que sabemos é baseado em interpretações e suposições.
Apesar dessas limitações, o estudo dos primeiros grupos humanos oferece uma visão fascinante sobre nossas origens e ajuda a moldar nossa compreensão da história humana.
v Perguntas sobre o texto:
1. Onde surgiram os primeiros grupos humanos?
2. Que tipo de vida levavam os primeiros grupos humanos?
3. Que importância teve a descoberta do fogo para esses grupos?
4. O que marcou o início da Idade da Pedra?
5. Como a invenção da agricultura mudou os modos de vida humanos?
6. Quem desenvolveu a escrita e quando?
7. Que tipos de fontes são usadas para estudar os primeiros grupos humanos?
8. Quais são algumas das limitações no estudo desses grupos?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a descoberta do fogo afetou as relações sociais dos primeiros grupos humanos?
10. De que maneira a invenção da escrita pode ter influenciado a distribuição de poder nas primeiras sociedades?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Os primeiros grupos humanos eram sedentários.
12. ( ) A descoberta do fogo permitiu a cocção de alimentos.
13. ( ) A escrita foi desenvolvida durante o período Neolítico.
14. ( ) A agricultura permitiu que os humanos formassem comunidades maiores.
15. ( ) Nossa compreensão dos primeiros grupos humanos é completa e precisa.
4. MODOS DE VIDA NA AMÉRICA: POVOS DO ATUAL TERRITÓRIO BRASILEIRO
O território que hoje conhecemos como Brasil foi, durante séculos, lar de diversas sociedades indígenas. Esses povos, com suas práticas e tradições únicas, moldaram a paisagem e a natureza ao seu redor, criando um equilíbrio sustentável entre o homem e o meio ambiente.
Os povos indígenas, como os Tupi-Guarani, desenvolveram técnicas agrícolas avançadas, como a coivara, que permitia a rotação de culturas e a preservação do solo. Eles também foram responsáveis pela domesticação de várias plantas nativas, como o milho, a mandioca e o abacaxi.
Com a chegada dos europeus no século XVI, houve uma grande transformação na paisagem e na natureza. Os colonizadores introduziram novas espécies de plantas e animais, como o gado e a cana-de-açúcar, que alteraram significativamente o ecossistema local.
A chegada dos africanos, trazidos como escravos, também teve um impacto profundo. Eles trouxeram consigo conhecimentos agrícolas e técnicas de cultivo que contribuíram para a diversidade agrícola do Brasil. Além disso, sua influência cultural é evidente em muitos aspectos da sociedade brasileira, como a culinária, a música e as religiões afro-brasileiras.
No entanto, essas transformações não ocorreram sem conflitos. A exploração dos recursos naturais pelos colonizadores levou ao desmatamento e à degradação do solo. Além disso, muitos povos indígenas foram deslocados de suas terras tradicionais.
Apesar desses desafios, muitos povos indígenas e comunidades afro-brasileiras continuam a manter suas tradições e modos de vida. Eles desempenham um papel crucial na preservação da biodiversidade e na luta contra as mudanças climáticas.
Hoje, o Brasil é um mosaico de culturas e paisagens, resultado das influências indígenas, africanas e europeias. A diversidade cultural e natural do país é um testemunho da rica história de seus povos e das transformações que eles provocaram.
Em conclusão, os modos de vida dos povos do atual território brasileiro são um reflexo das transformações históricas que ocorreram. A interação entre diferentes sociedades e a natureza moldou a paisagem e a cultura do Brasil de maneiras complexas e duradouras.
v Perguntas sobre o texto:
1. Quais foram algumas das técnicas agrícolas desenvolvidas pelos povos indígenas?
2. Que plantas nativas os povos indígenas domesticaram?
3. Quais espécies os colonizadores europeus introduziram no Brasil?
4. Como os africanos contribuíram para a diversidade agrícola do Brasil?
5. Quais foram alguns dos impactos negativos da colonização no meio ambiente?
6. Como os povos indígenas e as comunidades afro-brasileiras contribuem para a preservação da biodiversidade?
7. Como a diversidade cultural e natural do Brasil reflete a história de seus povos?
8. De que maneira a interação entre diferentes sociedades e a natureza moldou a paisagem e a cultura do Brasil?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a história dos povos indígenas e africanos influencia a identidade brasileira hoje?
10. Por que é importante preservar as tradições e os modos de vida desses povos?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Os povos indígenas não tinham técnicas agrícolas avançadas.
12. ( ) Os colonizadores europeus introduziram o gado no Brasil.
13. ( ) Os africanos não tiveram influência na cultura brasileira.
14. ( ) A exploração dos recursos naturais pelos colonizadores não causou danos ao meio ambiente.
15. ( ) A diversidade cultural e natural do Brasil é um testemunho da rica história de seus povos.
A Mesoamérica e os Andes são regiões que foram o lar de algumas das civilizações mais antigas e avançadas do mundo, incluindo os astecas, maias e incas. Essas sociedades, como as da África e do Oriente Médio, deixaram registros significativos em sua cultura material e tradição oral.
Os astecas, por exemplo, eram conhecidos por sua arquitetura monumental e sistemas de escrita complexos. Eles ocupavam o que é hoje o México central e eram conhecidos por sua rica cultura, que incluía arte, música, poesia e ciência.
Os maias, que ocupavam a península de Yucatán, também deixaram registros impressionantes de sua civilização. Eles são talvez mais conhecidos por seu calendário preciso e seus avanços na matemática e na astronomia.
Os incas, que habitavam a região andina da América do Sul, eram conhecidos por sua arquitetura de pedra habilmente trabalhada e pela criação de um sistema de estradas que se estendia por todo o império.
Além dessas civilizações, muitos povos indígenas em diversas regiões do Brasil também contribuíram significativamente para a rica tapeçaria cultural das Américas. Eles desenvolveram formas únicas de arte, música, dança e tradições orais que continuam a influenciar a cultura brasileira até hoje.
Cada uma dessas sociedades deixou sua marca no território que ocupava, seja através de monumentos arquitetônicos, sistemas de escrita ou tradições culturais. Eles também fizeram contribuições significativas nas áreas de ciência, economia e sociedade.
No entanto, apesar de suas realizações, essas civilizações enfrentaram desafios significativos, incluindo conflitos internos, invasões estrangeiras e mudanças ambientais. Esses fatores, combinados com o impacto do colonialismo europeu, levaram ao eventual declínio dessas sociedades.
Em resumo, a Mesoamérica e os Andes abrigaram algumas das civilizações mais avançadas e culturalmente ricas do mundo. Suas contribuições para a ciência, a economia e a cultura continuam a ser sentidas até hoje, e seu legado é um testemunho duradouro da riqueza e diversidade das sociedades antigas nas Américas.
v Perguntas sobre o texto:
1. Quais civilizações antigas habitavam a Mesoamérica e os Andes?
2. Quais foram algumas das contribuições dos astecas para a cultura e a ciência?
3. Onde os maias se localizavam e quais foram alguns de seus avanços notáveis?
4. Quais foram algumas das realizações notáveis dos incas?
5. Como os povos indígenas do Brasil contribuíram para a cultura das Américas?
6. Que tipo de registros essas sociedades deixaram para trás?
7. Quais desafios essas civilizações enfrentaram que levaram ao seu declínio?
8. Qual é o legado dessas civilizações antigas hoje?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a vida cotidiana nessas civilizações antigas pode ter se parecido?
10. Como você acha que o legado dessas civilizações influencia o mundo moderno?
v Verdadeiro ou Falso:
11. Os astecas eram conhecidos por sua arquitetura monumental e sistemas de escrita complexos.
12. Os maias não fizeram contribuições significativas para a matemática ou a astronomia.
13. Os incas não tinham um sistema de estradas que se estendia por todo o império.
14. Muitos povos indígenas no Brasil não influenciaram a cultura brasileira.
15. O impacto do colonialismo europeu não desempenhou um papel no declínio dessas civilizações antigas.
"História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados.
A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa “aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do estudo. A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando-lhe a possibilidade de compreender a própria realidade.
O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo|1|. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo.
Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício.
Quando se iniciou a História?
O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigos. Heródoto é considerado o pai da História. Seu trabalho aconteceu por meio da sistematização dos eventos da história dos gregos e de outros povos da antiguidade, como os egípcios. Um dos eventos da história grega narrados por Heródoto foram as Guerras Médicas, conflito travado durante a invasão da Grécia pelos persas.
Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, de fato, um método de análise que permitisse reconstituir e formular uma análise a respeito de um acontecimento passado. Seu trabalho foi a respeito da Guerra do Peloponeso, conflito travado entre as cidades de Atenas e Esparta.
Periodização
Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o
acontecimento de mudanças significativas com o passar do tempo.
Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos históricos são Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea.
Pré-História
Período que acompanha toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo-se até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C. A Pré- História acompanha todo o processo de desenvolvimento humano, desde a utilização da pedra e do metal para a produção de ferramentas até o processo de sedentarização.
Idade Antiga
Tem como ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia.
Esse período estuda os acontecimentos que envolveram diferentes povos, como egípcios, sumérios, assírios, persas, hititas, gregos, romanos, etc. O marco do fim desse período é a queda do Império Romano do Ocidente, quando o último imperador romano foi destronado pelos hérulos, em 476 d.C.
Idade Média
Acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453. Seu marco inicial é o fim do Império Romano do Ocidente, e seu marco final é a queda de Constantinopla para os otomanos.
Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré-colombianos.
Idade Moderna
É um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de colonização do continente americano. São ressaltadas também as diversas transformações que a Europa enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo.
O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que iniciou a Revolução Francesa, em 1789.
Idade Contemporânea
Período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até a os dias de hoje. Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade, como aqueles causados pelas revoluções industriais."
REINOS E POVOS DA ÁFRICA
CAPÍTULO 1
Os reinos do Sahel
CAPÍTULO 2
Povos Iorubás e Bantos
A EUROPA MODERNA
EM FORMAÇÃO
O Renascimento
A Reforma protestante e a Contrarreforma
O Estado absolutista e o mercantilismo
HISTÓRIA- 7º ANO (1º BIMESTRE)
OS REINOS DO SAHEL
O Sahel, uma região geográfica que se estende do Senegal ao Sudão, foi o lar de vários reinos poderosos que floresceram graças à sua posição estratégica como ponto de trânsito para o comércio transaariano.
Os povos do Sahel desenvolveram uma rica cultura material e imaterial. A cultura material é evidente nas impressionantes arquiteturas de adobe de cidades como Tombuctu e Djenné. A cultura imaterial, por outro lado, é expressa em tradições orais, música, dança e rituais religiosos.
Antes da chegada dos europeus, as sociedades do Sahel eram organizadas em reinos ou impérios. Esses reinos, como o Império do Mali e o Império Songai, eram governados por monarcas poderosos que exerciam controle sobre o comércio e a política.
Os povos do Sahel desenvolveram saberes e técnicas notáveis. Eles eram hábeis metalúrgicos, tecelões e agricultores. Além disso, eles desenvolveram sistemas complexos de contabilidade e administração para gerenciar o comércio transaariano.
A chegada dos europeus no século XV marcou o início do fim para muitos dos reinos do Sahel. Os europeus estabeleceram rotas comerciais marítimas que contornaram o Sahel, levando ao declínio do comércio transaariano.
Apesar dos desafios, os reinos do Sahel resistiram por vários séculos. Eles se adaptaram às novas realidades, formando alianças, lutando contra invasores e, em alguns casos, adotando o Islã para fortalecer suas posições.
No entanto, no final, a maioria dos reinos do Sahel foi conquistada ou assimilada por potências coloniais europeias. Apesar disso, eles deixaram um legado duradouro na forma de tradições culturais, práticas religiosas e realizações arquitetônicas.
Hoje, a história dos reinos do Sahel serve como um testemunho do espírito resiliente e da rica cultura dos povos africanos. Ela nos lembra que a África tem uma história longa e complexa que vai muito além do período colonial.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que é o Sahel?
2. Quais são alguns exemplos de cultura material e imaterial dos povos do Sahel?
3. Como eram organizadas as sociedades do Sahel antes da chegada dos europeus?
4. Que tipos de saberes e técnicas os povos do Sahel desenvolveram?
5. Como a chegada dos europeus afetou os reinos do Sahel?
6. Como os reinos do Sahel resistiram após a chegada dos europeus?
7. Qual foi o destino final da maioria dos reinos do Sahel?
8. Que legado os reinos do Sahel deixaram?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a história dos reinos do Sahel influencia a África moderna?
10. Por que é importante estudar a história dos reinos do Sahel?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) O Sahel é uma região geográfica que se estende do Senegal ao Sudão. (Verdadeiro
/ Falso)
12. ( ) Os povos do Sahel não tinham nenhuma forma de cultura material.
13. ( ) Os reinos do Sahel foram imediatamente destruídos após a chegada dos europeus.
14. ( ) Os povos do Sahel eram hábeis metalúrgicos, tecelões e agricultores.
15. ( ) A maioria dos reinos do Sahel foi conquistada ou assimilada por potências coloniais europeias.
Os povos Iorubás e Bantos são dois grupos étnicos significativos na África, cada um com uma rica herança cultural e histórica. Os Iorubás são predominantemente encontrados na Nigéria, enquanto os Bantos estão espalhados por toda a África Subsaariana.
A cultura material dos Iorubás é evidente em sua arquitetura, escultura e arte têxtil. Eles são conhecidos por suas esculturas de bronze e terracota, bem como por suas elaboradas contas de coral. Os Bantos, por outro lado, são conhecidos por suas habilidades em ferreiro, tecelagem e cerâmica.
A cultura imaterial dos Iorubás é expressa em sua música, dança e religião. Eles praticam uma religião tradicional que envolve o culto a uma variedade de deuses e deusas. Os Bantos também têm uma rica tradição oral, que inclui contos folclóricos, provérbios e canções.
Antes da chegada dos europeus, os Iorubás estavam organizados em uma série de cidades- estado, cada uma governada por um rei ou Oba. Os Bantos, por outro lado, tinham uma variedade de formas de organização social, desde sociedades de caçadores-coletores até reinos centralizados.
Os Iorubás e os Bantos desenvolveram uma variedade de saberes e técnicas. Os Iorubás eram conhecidos por suas habilidades em medicina herbal, adivinhação e metalurgia, enquanto os Bantos eram habilidosos agricultores e ferreiros.
A chegada dos europeus teve um impacto significativo nos povos Iorubás e Bantos. Muitos foram capturados e vendidos como escravos, enquanto outros tiveram que se adaptar à crescente influência europeia em suas terras natais.
Apesar desses desafios, os Iorubás e os Bantos conseguiram preservar muitos aspectos de suas culturas tradicionais. Hoje, eles continuam a contribuir significativamente para a diversidade cultural da África.
Em conclusão, os povos Iorubás e Bantos representam uma parte importante da rica tapeçaria cultural da África. Seus saberes e técnicas, bem como suas formas de organização social, oferecem uma visão valiosa das sociedades africanas antes da chegada dos europeus.
v Perguntas sobre o texto:
1. Quem são os povos Iorubás e Bantos?
2. Quais são alguns exemplos de cultura material dos povos Iorubás e Bantos?
3. Como eram organizadas as sociedades Iorubás e Bantos antes da chegada dos europeus?
4. Que tipos de saberes e técnicas os povos Iorubás e Bantos desenvolveram?
5. Como a chegada dos europeus afetou os povos Iorubás e Bantos?
6. Como os povos Iorubás e Bantos conseguiram preservar suas culturas tradicionais?
7. Qual é a contribuição dos povos Iorubás e Bantos para a diversidade cultural da África?
8. Por que é importante estudar os povos Iorubás e Bantos?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a história dos povos Iorubás e Bantos influencia a África moderna?
10. Por que é importante estudar a história dos povos Iorubás e Bantos?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Os povos Iorubás são predominantemente encontrados na Nigéria.
12. ( ) Os Iorubás e os Bantos não tinham nenhuma forma de cultura material.
13. ( ) Os Iorubás e os Bantos foram imediatamente destruídos após a chegada dos europeus.
14. ( ) Os Iorubás eram conhecidos por suas habilidades em medicina herbal, adivinhação e metalurgia.
15. ( ) Os povos Iorubás e Bantos não conseguiram preservar suas culturas tradicionais.
RENASCIMENTO
O Renascimento foi um período crucial na história da humanidade, marcando uma transição significativa entre a Idade Média e a Era Moderna. Esse movimento cultural e intelectual, que floresceu principalmente na Europa entre os séculos XIV e XVI, não apenas revitalizou o interesse pelas artes, ciências e humanidades, mas também desencadeou uma transformação fundamental na maneira como as pessoas concebiam o mundo e a si mesmas. A construção da ideia de modernidade durante o Renascimento teve profundos impactos na concepção de História, moldando percepções sobre o passado, o presente e o futuro.
Uma das características mais distintivas do Renascimento foi a redescoberta e revalorização das obras clássicas da Grécia e Roma antigas. Os estudiosos renascentistas buscaram resgatar os conhecimentos perdidos da antiguidade, promovendo uma nova abordagem baseada na razão, na observação empírica e na valorização do indivíduo. Esse ressurgimento do pensamento clássico não apenas proporcionou um estímulo intelectual sem precedentes, mas também desafiou as estruturas estagnadas do pensamento medieval, preparando o terreno para uma visão de mundo mais dinâmica e progressista.
A ênfase na razão e na observação direta levou ao desenvolvimento da ciência experimental e da investigação sistemática. Figuras como Leonardo da Vinci, Galileu Galilei e Nicolau Copérnico desempenharam papéis cruciais na revolução científica, questionando dogmas estabelecidos e expandindo os horizontes do conhecimento humano. Essa abordagem inovadora não apenas transformou nossa compreensão do universo físico, mas também contribuiu para uma reavaliação fundamental da posição do ser humano no cosmos.
Ao mesmo tempo, o Renascimento testemunhou um florescimento sem precedentes das artes e da cultura. Artistas como Michelangelo, Rafael e Leonardo da Vinci produziram obras-primas que capturaram a beleza, a harmonia e a complexidade do mundo natural e humano. O domínio da perspectiva, a técnica do chiaroscuro e a representação realista dos seres humanos tornaram-se características distintivas da arte renascentista, refletindo a busca por uma expressão mais autêntica e individual.
A ascensão da burguesia e o surgimento de uma economia monetária também desempenharam um papel crucial na construção da ideia de modernidade durante o Renascimento. O crescimento do comércio e da indústria incentivou uma mentalidade voltada para o futuro, marcada pelo desejo de progresso material e social. A ascensão da burguesia como uma classe influente levou a uma valorização crescente do trabalho, da iniciativa individual e da busca pelo sucesso pessoal. Essa mentalidade empreendedora e progressista contribuiu para a transformação das estruturas sociais e econômicas da época, inaugurando uma nova era de oportunidades e desafios.
No entanto, o Renascimento também foi marcado por contradições e conflitos, especialmente no que diz respeito à concepção de História. Enquanto alguns viam o Renascimento como um renascimento da glória perdida da antiguidade clássica, outros o interpretavam como um rompimento radical com o passado medieval. Essas diferentes perspectivas refletiam as tensões entre tradição e inovação, continuidade e ruptura, que caracterizavam o espírito do tempo.
A emergência de uma consciência histórica durante o Renascimento também teve importantes implicações para a forma como as pessoas concebiam sua identidade e seu lugar na história. A redescoberta do passado clássico levou a uma valorização da cultura greco-romana como um modelo de excelência e realização humana. Ao mesmo tempo, o interesse renovado pela história nacional e local contribuiu para a emergência de identidades regionais e nacionais distintas.
No entanto, a construção da ideia de modernidade durante o Renascimento também teve seus limites e contradições. Embora tenha promovido o avanço do conhecimento humano e o florescimento das artes e das ciências, também foi marcado por exclusões e injustiças. As
mulheres, por exemplo, continuaram a ser marginalizadas e subordinadas em grande parte da sociedade renascentista, tendo acesso limitado à educação e às oportunidades profissionais.
Além disso, o Renascimento também foi um período de intensa rivalidade política, conflitos religiosos e exploração colonial. A expansão do império europeu para além das fronteiras continentais trouxe consigo não apenas riqueza e poder, mas também sofrimento humano e destruição ambiental em uma escala sem precedentes. Essas contradições e ambiguidades desafiam uma visão simplista do Renascimento como uma era de progresso unidimensional, destacando a complexidade e a ambivalência do período.
Em última análise, a construção da ideia de modernidade durante o Renascimento teve um impacto profundo na concepção de História, inaugurando uma nova era de pensamento crítico e investigação histórica. Ao valorizar a razão, a observação empírica e o progresso humano, o Renascimento desafiou as concepções tradicionais do mundo e do ser humano, abrindo caminho para uma compreensão mais dinâmica e complexa da história humana. No entanto, as contradições e ambiguidades desse período também nos lembram da importância de uma abordagem crítica e reflexiva da história, que reconheça tanto suas realizações quanto suas limitações.
EXERCÍCIO
1. Quais foram os principais fatores que contribuíram para o surgimento do Renascimento na Europa?
2. Como a redescoberta das obras clássicas da Grécia e Roma antigas influenciou o Renascimento?
3. Quais foram as principais características da arte renascentista e como elas se diferenciaram das formas de arte anteriores?
4. De que maneira o Renascimento promoveu o avanço da ciência e da investigação empírica?
5. Qual foi o papel dos patronos na promoção das artes e das ciências durante o Renascimento?
6. Como a ascensão da burguesia contribuiu para a construção da ideia de modernidade durante o Renascimento?
7. Quais foram as principais figuras intelectuais e artísticas do Renascimento e quais foram suas contribuições mais significativas?
8. Como a concepção de História mudou durante o Renascimento e quais foram os principais debates e controvérsias nessa área?
9. Quais foram os impactos do Renascimento na estrutura social e econômica da Europa?
10. Em que medida o Renascimento foi um período de progresso unidimensional e em que medida foi marcado por contradições e ambiguidades?
Perguntas subjetivas:
11. Em sua opinião, qual foi a contribuição mais significativa do Renascimento para o desenvolvimento da humanidade?
12. Como você vê as contradições e ambiguidades do Renascimento influenciando sua interpretação histórica?
13. Qual é a importância de estudar o Renascimento nos dias de hoje, e que lições podemos aprender com esse período histórico?
A IDEIA DE "NOVO MUNDO" ANTE O MUNDO ANTIGO: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS DE SABERES E PRÁTICAS NA EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO
A transição do período medieval para a era moderna marcou um ponto de virada significativo na história da humanidade. Esse período de transição foi caracterizado por uma mudança radical no pensamento, nas práticas e nas visões de mundo, que deram origem ao que conhecemos como o "Novo Mundo". No entanto, é importante compreender que essa transição não foi uma ruptura total com o passado, mas sim uma mistura complexa de permanências e mudanças que moldaram a emergência do mundo moderno.
No âmbito do conhecimento, o período medieval foi dominado pela influência da Igreja e pela filosofia escolástica, que valorizava a autoridade das escrituras e dos ensinamentos dos antigos. No entanto, com o Renascimento, houve um ressurgimento do interesse pelas ideias da Antiguidade Clássica, especialmente na arte, na literatura e na filosofia. Esse retorno ao pensamento clássico não representou uma ruptura completa com a tradição medieval, mas sim uma reinterpretação e expansão das ideias antigas em um novo contexto.
Da mesma forma, as práticas sociais e econômicas passaram por mudanças significativas durante esse período de transição. O feudalismo, que dominou a Europa medieval, deu lugar a novas formas de organização social e econômica, como o capitalismo emergente. No entanto, muitos aspectos do sistema feudal, como as relações de vassalagem e a estrutura hierárquica da sociedade, persistiram de forma modificada no mundo moderno. O comércio e a exploração de novas rotas marítimas abriram novas possibilidades econômicas e levaram à ascensão de novas potências, como Portugal e Espanha, que desempenharam um papel fundamental na criação do "Novo Mundo" das Américas.
Além disso, a emergência do mundo moderno foi marcada por avanços significativos no campo da ciência e da tecnologia. O Renascimento trouxe consigo uma ênfase na observação empírica e na experimentação, que levou ao desenvolvimento da ciência moderna. A invenção da imprensa por Gutenberg revolucionou a disseminação do conhecimento, tornando os livros mais acessíveis e contribuindo para o surgimento de uma esfera pública mais ampla.
No entanto, apesar dessas mudanças, muitos aspectos do mundo antigo persistiram no "Novo Mundo". A herança da Antiguidade Clássica continuou a exercer uma influência profunda na arte, na literatura e na filosofia do período moderno. Além disso, muitas das estruturas sociais e políticas estabelecidas durante a Antiguidade persistiram em formas modificadas na era moderna.
Diante desse contexto complexo, surgem várias questões que nos ajudam a compreender melhor a relação entre o "Novo Mundo" e o mundo antigo, bem como as permanências e rupturas que caracterizaram a transição para a era moderna.
EXERCÍCIO
1. Como as ideias da Antiguidade Clássica influenciaram o pensamento e as práticas do período moderno?
2. Em que medida o Renascimento representou uma ruptura com a tradição medieval?
3. Quais foram os principais fatores que contribuíram para o surgimento do capitalismo no mundo moderno?
4. Como as novas rotas marítimas afetaram a economia e a política europeia durante o período moderno?
5. Qual foi o papel da ciência e da tecnologia na emergência do mundo moderno?
6. De que forma a imprensa de Gutenberg impactou a disseminação do conhecimento durante o Renascimento?
7. Quais foram os principais aspectos da herança da Antiguidade Clássica que persistiram no mundo moderno?
8. Como as estruturas sociais e políticas estabelecidas durante a Antiguidade foram modificadas na era moderna?
9. Quais foram os principais desafios enfrentados pelos europeus na transição do período medieval para o período moderno?
10. Em que medida as mudanças ocorridas durante a transição para a era moderna foram globais e não apenas europeias?
Perguntas subjetivas:
11. Qual aspecto da transição para a era moderna você considera mais fascinante e por quê?
12. Como você acha que as mudanças ocorridas durante esse período influenciaram a maneira como vemos o mundo hoje?
13. Em sua opinião, qual foi o legado mais duradouro deixado pelo Renascimento e pela transição para a era moderna?
A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRARREFORMA: UM CONFLITO RELIGIOSO TRANSFORMADOR
A Reforma Protestante e a Contrarreforma representam momentos cruciais na história do Cristianismo, marcando uma ruptura significativa na estrutura e na prática da fé cristã no século
XVI. Estes eventos não só moldaram o panorama religioso da Europa, mas também tiveram um impacto duradouro na sociedade, política e cultura ocidental.
Origens da Reforma Protestante
A Reforma Protestante teve suas raízes nas crescentes críticas à Igreja Católica Romana durante o Renascimento. Entre os principais críticos estava Martinho Lutero, um monge agostiniano alemão, cujas 95 teses, afixadas na porta da Igreja de Wittenberg em 1517, questionavam as práticas de venda de indulgências e a autoridade papal. Lutero defendia a ideia de que a salvação era alcançada pela fé apenas, em oposição à doutrina católica de que obras e sacramentos eram necessários.
Outros reformadores notáveis incluíam João Calvino na Suíça e Ulrico Zuínglio em Zurique, cada um trazendo suas próprias interpretações teológicas e reformas eclesiásticas. O movimento protestante rapidamente se espalhou pela Europa, encontrando seguidores entre camponeses, nobres e até mesmo governantes.
Princípios da Reforma
A Reforma Protestante baseava-se em princípios fundamentais, incluindo a primazia da Bíblia como autoridade final na fé cristã, a doutrina da justificação pela fé e a ênfase na responsabilidade individual diante de Deus. Esses princípios desafiaram a autoridade e a estrutura hierárquica da Igreja Católica, promovendo uma compreensão mais direta e pessoal da relação entre o indivíduo e Deus.
Além disso, a Reforma introduziu mudanças significativas na prática religiosa, como a tradução da Bíblia para idiomas vernáculos, permitindo que mais pessoas tivessem acesso às Escrituras, e a simplificação dos rituais e sacramentos, removendo elementos considerados desnecessários ou supersticiosos.
A Reação Católica: Contrarreforma
A ascensão do Protestantismo provocou uma forte reação por parte da Igreja Católica, dando origem à Contrarreforma, um movimento interno de reforma e renovação destinado a fortalecer a fé católica e conter a propagação do Protestantismo.
O Concílio de Trento (1545-1563) foi o principal instrumento da Contrarreforma, onde os líderes católicos se reuniram para reafirmar a doutrina tradicional, corrigir abusos na Igreja e estabelecer medidas para combater a heresia. Entre as reformas implementadas estavam a reafirmação do dogma católico, a reforma do clero e a criação de seminários para uma formação mais adequada dos padres.
Além disso, a Contrarreforma contou com a fundação de novas ordens religiosas, como a Companhia de Jesus (Jesuítas), que desempenhou um papel crucial na educação e na evangelização, especialmente nas regiões onde o Protestantismo havia ganhado terreno.
Impacto e Legado
O conflito entre a Reforma Protestante e a Contrarreforma teve consequências profundas e duradouras. A divisão religiosa resultante fragmentou a Cristandade ocidental, levando à guerra, perseguições religiosas e migrações em massa. A Paz de Augsburgo (1555) na Alemanha e a Paz de Westfália (1648) na Europa Central foram tentativas de estabelecer a coexistência religiosa em meio ao conflito.
Além disso, a Reforma e a Contrarreforma tiveram impactos significativos na cultura, na educação e na política. A ênfase na leitura da Bíblia e na interpretação pessoal levou ao desenvolvimento da alfabetização e à disseminação da imprensa. A separação entre Igreja e Estado tornou-se uma questão central nos debates sobre a governança e a liberdade religiosa.
O legado da Reforma Protestante e da Contrarreforma continua a ser sentido até hoje. A diversidade denominacional do Cristianismo moderno, a liberdade religiosa e os princípios da democracia liberal são todos aspectos do legado desses movimentos históricos.
Perguntas sobre o Texto:
1. Quais foram as principais críticas de Martinho Lutero à Igreja Católica Romana?
2. Quais eram os princípios fundamentais da Reforma Protestante?
3. Qual foi o objetivo principal do Concílio de Trento?
4. Como a Contrarreforma respondeu ao desafio apresentado pelo Protestantismo?
5. Quais foram algumas das reformas implementadas pelo Concílio de Trento?
6. Quais foram os impactos sociais da Reforma Protestante e da Contrarreforma?
7. Quais foram os tratados de paz que tentaram resolver os conflitos religiosos na Europa?
8. Como a Reforma Protestante influenciou a alfabetização e a disseminação da imprensa?
9. Qual é o legado duradouro da Reforma Protestante e da Contrarreforma na sociedade moderna?
10. Quais foram os principais líderes da Reforma Protestante além de Martinho Lutero?
11. Como as ordens religiosas, como os Jesuítas, contribuíram para a Contrarreforma?
12. Que mudanças na prática religiosa foram introduzidas pela Reforma Protestante?
Perguntas Subjetivas:
13. Qual você acredita que tenha sido o impacto mais significativo da Reforma Protestante na sociedade moderna?
14. Como você acha que a história teria sido diferente se a Reforma Protestante não tivesse acontecido?
15. Você vê paralelos entre os debates religiosos do século XVI e os desafios religiosos contemporâneos?
O Estado Absolutista e o Mercantilismo são dois conceitos intrinsecamente ligados que desempenharam papéis fundamentais na configuração política e econômica da Europa durante os séculos XVI ao XVIII. O Estado Absolutista emergiu como uma forma de governo centralizado e autoritário, onde o monarca detinha poderes quase ilimitados sobre seus súditos e territórios. Este sistema foi caracterizado por uma forte concentração de autoridade política e uma estrutura hierárquica rígida.
O absolutismo encontrou sua justificação teórica na doutrina do direito divino dos reis, que afirmava que os monarcas governavam por vontade de Deus e não estavam sujeitos a qualquer forma de controle terreno. Isso permitiu aos monarcas exercerem controle absoluto sobre assuntos políticos, econômicos e religiosos, muitas vezes com o apoio da nobreza e da Igreja.
O Mercantilismo, por sua vez, foi uma doutrina econômica que floresceu durante o mesmo período e complementou o Estado Absolutista. Baseado na crença de que a riqueza de uma nação estava diretamente ligada à quantidade de ouro e prata em seu poder, o mercantilismo buscava promover políticas que favorecessem o comércio exterior e a acumulação de metais preciosos.
Para atingir esse objetivo, os governos absolutistas implementaram uma série de medidas, incluindo o estabelecimento de monopólios comerciais, a imposição de altas tarifas sobre importações e exportações e a promoção da produção interna de bens. O Estado interveio pesadamente na economia, controlando e regulamentando as atividades comerciais para garantir que a riqueza fosse acumulada e mantida dentro das fronteiras nacionais.
Essa relação simbiótica entre o Estado Absolutista e o Mercantilismo resultou em uma série de consequências significativas para a sociedade europeia da época. Por um lado, o absolutismo proporcionou estabilidade política e social, reduzindo o poder das classes nobres e centralizando o poder nas mãos do monarca. Por outro lado, o mercantilismo estimulou o crescimento econômico e a expansão comercial, contribuindo para o enriquecimento das nações e o desenvolvimento de uma classe mercantil próspera.
No entanto, essa prosperidade muitas vezes veio à custa da exploração de colônias e povos indígenas, bem como da imposição de políticas restritivas que limitavam a liberdade econômica e inibiam a concorrência. Além disso, a ênfase na acumulação de ouro e prata levou a políticas de exploração e conquista em busca desses metais preciosos, frequentemente resultando em conflitos armados e guerras coloniais.
Apesar de suas contribuições para o fortalecimento dos Estados europeus e o crescimento econômico, o Estado Absolutista e o Mercantilismo também foram criticados por sua tendência ao autoritarismo e sua exploração de povos e recursos. No final do século XVIII, essas ideias começaram a ser contestadas com o surgimento de movimentos políticos e intelectuais, como o Iluminismo, que defendiam princípios de liberdade individual, igualdade e direitos humanos.
No entanto, o legado do Estado Absolutista e do Mercantilismo perdurou por séculos, deixando uma marca indelével na história política e econômica da Europa e influenciando profundamente o desenvolvimento do sistema político e econômico moderno.
Perguntas sobre o texto:
1. Quais são as características do Estado Absolutista?
2. Qual era a justificação teórica para o absolutismo?
3. Como o mercantilismo complementava o Estado Absolutista?
4. Quais eram os principais objetivos do mercantilismo?
5. Que medidas os governos absolutistas implementaram para promover o mercantilismo?
6. Quais foram as consequências sociais do Estado Absolutista e do Mercantilismo?
7. De que forma o mercantilismo contribuiu para o desenvolvimento econômico?
8. Quais foram as críticas dirigidas ao Estado Absolutista e ao Mercantilismo?
9. Como o Iluminismo influenciou a contestação dessas ideias?
10. Qual foi o legado do Estado Absolutista e do Mercantilismo na Europa?
11. Que papel as colônias desempenharam no contexto do mercantilismo?
12. Quais eram os principais problemas enfrentados pelas políticas mercantilistas?
Perguntas subjetivas:
13. Você acha que o Estado Absolutista e o Mercantilismo foram inevitáveis na história europeia?
14. Qual é a sua opinião sobre a relação entre autoritarismo político e crescimento econômico?
15. Como você vê o impacto duradouro do Estado Absolutista e do Mercantilismo nos sistemas políticos e econômicos modernos?
IDADE MÉDIA
"A Idade Média é o nome do período da história localizado entre os anos 476 e 1453. A nomeação “Idade Média” é utilizada pelos historiadores dentro de uma periodização que engloba quatro idades: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. Quando nos referimos à Idade Média, geralmente referimo-nos a assuntos relacionados, direta ou indiretamente, com a Europa.
A Idade Média iniciou-se com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que pertenciam a Roma, na Europa Ocidental.
Desse período destacam-se o processo de ruralização que a Europa viveu entre os séculos V e X; o fortalecimento da Igreja Católica; a estruturação do sistema feudal, não apenas economicamente mas também política e socialmente. A partir do século XI, o renascimento urbano e comercial abre caminho para a crise do século XIV, que determina o fim da Idade Média. Como mencionado, a Idade Média é assim chamada dentro de uma periodização, estipulada pelos historiadores, que a determina entre os anos de 476 e 1453. O que estipula o início da Idade Média é a destituição de Rômulo Augusto do trono romano, em 476, e o que estipula seu fim é a conquista de
Constantinopla pelos otomanos, em 1453.
A Idade Média é dividida pelos historiadores em duas grandes fases, que são:
· Alta Idade Média: século V ao século X;
· Baixa Idade Média: século XI ao século XV.
Durante a Alta Idade Média, a Europa passava pelas transformações derivadas da desagregação do Império Romano e o feudalismo estava em formação. A Baixa Idade Média foi o período auge do feudalismo e no qual a Europa começou a sofrer transformações oriundas do renascimento urbano e comercial.
Por que o nome “Idade Média”?
O nome Idade Média, usado para referir-se a esse período entre 476 e 1453, foi uma invenção dos renascentistas. Uma das primeiras menções a essa época como “tempo médio”, segundo o historiador Hilário Franco Júnior, remonta ao bispo italiano Giovanni Andrea|1|. Essa ideia popularizou-se no século XVI, durante o renascimento.
O sentido por trás dessa nomenclatura era pejorativo, uma vez que, na visão dos renascentistas, a Idade Média teria sido um tempo marcado pela interrupção da tradição clássica, isto é, greco-romana. Nessa perspectiva, tal tradição estava sendo retomada na época deles, inclusive, por isso, eles chamaram seu próprio período de “renascimento”.
Eles acreditavam estar vivendo um momento de renascimento intelectual, científico e artístico. Isso nos leva a concluir que, na ótica renascentista, a Idade Média era um período ruim, de atraso e de interrupção no progresso humano. Outros grupos, conforme seus interesses, teciam suas críticas a essa Idade, sempre a taxando como “ignorante”.
Essa visão negativa fez com que muitos a chamassem de “Idade das Trevas”, um termo negativo e rechaçado pelos historiadores. A primeira menção à Idade Média dessa maneira remonta a Francesco Petrarca, que, no século XVI, já a chamava de “tenebrae”.
Feudalismo
O feudalismo é o termo que usamos para toda organização social, política, cultural, ideológica e econômica que existiu na Europa durante a Idade Média. Esse conceito explica a estruturação da sociedade da Europa Ocidental, e a organização que ele representa existiu, na sua forma clássica, entre os séculos XI e XIII, aproximadamente.
Do século V ao século X, o feudalismo estava em processo de estruturação, uma vez que as relações políticas características da vassalagem estavam em formação, o poder da Igreja Católica estabelecia-se aos poucos, e a ruralização e feudalização da Europa desenvolviam-se.
Do século XI ao século XIII, o feudalismo estava no seu auge, sobretudo nas regiões que hoje correspondem à Alemanha, à França, e ao norte da Itália e da Inglaterra. A partir do século XIV, o sistema feudal entra em decadência, uma vez que a Europa urbanizava-se e o comércio ganhava importância.
No feudalismo, os castelos eram um importante centro de poder, pois neles viviam os senhores feudais. No aspecto econômico, podemos dizer que o feudalismo era um sistema baseado na produção agrícola e na exploração servil dos camponeses. Com o fim do Império Romano, a Europa Ocidental ruralizou-se e as pessoas empobrecidas passaram a estabelecer-se nas cercanias de grandes propriedades rurais, à procura de comida e proteção. Dessa situação criou-se a relação
de dependência entre o senhor feudal e o camponês.
O senhor feudal, dono das terras, permitia que o camponês ficasse nelas, desde que este cultivasse-as e entregasse parte do que tinha sido produzido àquele. O camponês era sujeito a uma série de tributos a serem pagos aos senhores feudais, tais como a corveia, a talha e a banalidade. O senhor feudal, por sua vez, tinha como obrigação proteger aqueles instalados em sua propriedade.
No âmbito religioso, a Igreja Católica era dona de grande influência, uma vez que seu poder chegava a atingir decisões do poder secular. A Igreja também elaborava a construção ideológica que justificava as
desigualdades do mundo feudal. Na visão estipulada por ela, e abraçada pela nobreza, os servos cumpriam seu papel por uma designação divina.
A relação de suserania e vassalagem existente entre reis e nobres medievais era uma das principais formas de organização política na Idade Média.
A sociedade feudal era estamental, isto é, dividida em classes com funções muito bem definidas, e na qual a ascensão social era bastante difícil. Nela existiam três grandes classes sociais:
· Nobreza (bellatores): classe privilegiada, detentora de terras, que tinha como função, dentro da ideologia medieval, proteger a sociedade;
· Clero (oratores): membros da Igreja Católica que cumpriam funções religiosas. Também era uma classe privilegiada, uma vez que a Igreja detinha riqueza, poder e terras;
· Camponeses (laboratores): grupo empobrecido que sustentava a sociedade feudal por meio de seu trabalho e dos altos impostos que pagava.
No aspecto político, a vassalagem era uma das grandes manifestações do feudalismo. Essa estrutura surgiu por volta do século VIII e estabelecia as relações de poder entre rei e nobres de cada reino.
Por meio da vassalagem, o rei (suserano) e os nobres (vassalos) realizam um acordo estabelecendo laços de fidelidade entre si. Os vassalos recebiam um feudo (terra) e tinham como obrigação auxiliar o seu suserano na execução da justiça, na administração do reino e na guerra, se necessário.
Principais acontecimentos
A Idade Média foi muito longa e, logicamente, impactada por diferentes acontecimentos importantes para a história humana. A Idade Média, em si, é fruto do fim do Império Romano do Ocidente, após o qual uma série de reinos germânicos estabeleceu-se na Europa Ocidental.
O caso mais simbólico foi o dos francos, povo germânico que se estabeleceu na Gália e formou um reino governado, primeiro, pelos merovíngios e, depois, pelos carolíngios. Estes foram a primeira grande dinastia a governar um reino na Europa, e, por meio de Carlos Magno, seu principal rei, formaram um império com um território bastante vasto.
O surgimento do islamismo no século VII marcou um rompimento do Ocidente com o Oriente, sobretudo quando os muçulmanos conquistaram a Península Ibérica. O avanço muçulmano na Europa só foi interrompido por Carlos Martel, em 732. Séculos depois, a Igreja Católica encontrou na guerra contra os muçulmanos uma forma de estender sua riqueza até o Oriente.
não seguiam a doutrina da Igreja eram perseguidos e mortos.
As Cruzadas ocorreram do século XI ao século XII e mobilizaram tropas cristãs contra os muçulmanos, na Palestina e no norte da África. Ao todo foram nove cruzadas, sendo a primeira delas convocada pelo Papa Urbano II, em 1095. A nona Cruzada foi encerrada em 1272, e o objetivo inicial dos cristãos (conquistar Jerusalém) não foi alcançado.
Outros destaques que podem ser feitos sobre a Idade Média são o Império Bizantino e o estabelecimento da Inquisição. Assuntos também relevantes são a cultura e a ciência medievais, geralmente pouco estudadas.
Fim da Idade Média
O fim da Idade Média tem relação com o renascimento urbano e comercial que a Europa experimentou a partir do século XI. Novas técnicas agrícolas permitiram o aumento da produção de víveres, gerando um excedente que pôde ser comercializado. O aumento na produção de alimentos garantiu um aumento populacional, mas também do comércio e, consequentemente, da circulação de moeda.
Com o aumento populacional, o número de pessoas mudando-se para as cidades aumentou e a quantidade de comerciantes ao redor delas também. O século XIII intensifica esse processo de êxodo rural, pois as produções agrícolas ruins fizeram com que muitos buscassem sobreviver nas cidades.
A Peste Negra causou a morte de cerca de 1/3 da população europeia ao longo do século XIV.
O século XIV é quando os historiadores estipulam a fronteira final da Idade Média. Trata-se de um século de crise, caracterizado por guerras que causaram destruição e geraram mais fome, e isso resultou na Peste. O século XIV é marcado pela famosa Peste Negra — surto de peste bubônica responsável pela morte de 1/3 da população europeia ao longo desse período.
A fome gerou grandes revoltas de camponeses, sobretudo a partir do século XIII, e o crescimento urbano colocou fim no isolamento feudal. Revoltas também aconteceram nas grandes cidades, principalmente pela falta de empregos. Novas estruturas de poder começaram a surgir, a organização política dos reinos modificou-se e, assim, surgiram os Estados nacionais.
O enfraquecimento do feudalismo e o fortalecimento do comércio resultaram no mercantilismo. Quando Constantinopla cai e o comércio com o Oriente fecha-se, a Europa volta-se para o Oeste. A exploração do Oceano Atlântico abriu novas fronteiras e consolidou o fim da Idade Média."
A Inquisição foi um dos eventos mais
importantes da Idade Média. Nela, todos aqueles que
REVOLUÇÕES NA INGLATERRA
As revoluções políticas
A Revolução Industrial e as mudanças na sociedade
Os impactos da Revolução Industrial
O ILUMINISMO, A INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS E A REVOLUÇÃO FRANCESA
O Iluminismo e a independência dos Estados Unidos
A Revolução Francesa
HISTÓRIA- 8º ANO (1º BIMESTRE)
A Revolução Gloriosa, também conhecida como Revolução de 1688, foi um evento crucial na história da Inglaterra que resultou na deposição do rei Jaime II e na ascensão de Guilherme III e Maria II ao trono inglês. Este evento marcou o início de uma nova era na política britânica, onde o poder do monarca foi significativamente limitado e o parlamento ganhou mais controle.
Jaime II, um católico, tornou-se altamente impopular em uma Inglaterra predominantemente protestante. Sua tentativa de conceder liberdade de culto aos católicos e sua nomeação de católicos para posições de alto escalão alimentaram o medo e a desconfiança entre seus súditos protestantes.
Em 1688, um grupo de nobres protestantes convidou Guilherme de Orange, um protestante holandês casado com Maria, a filha protestante de Jaime, para invadir a Inglaterra. Guilherme aceitou o convite e desembarcou na Inglaterra com um exército, um evento que ficou conhecido como a “Gloriosa Revolução”.
Jaime II fugiu para a França, e Guilherme e Maria foram proclamados reis. A ascensão de Guilherme e Maria ao trono foi acompanhada pela Declaração de Direitos, que limitava o poder do monarca e garantia certos direitos aos súditos, incluindo a liberdade de expressão e o direito a um julgamento justo.
A Revolução Gloriosa teve um impacto significativo na política britânica e internacional. Na Inglaterra, marcou o fim do absolutismo monárquico e o início do governo constitucional. Também estabeleceu o precedente de que o Parlamento poderia limitar o poder do monarca e ter um papel ativo no governo.
Internacionalmente, a Revolução Gloriosa contribuiu para a ascensão da Grã-Bretanha como uma potência global. Sob Guilherme III, a Grã-Bretanha envolveu-se em uma série de guerras contra a França, que ajudaram a expandir o império britânico e a aumentar a influência britânica no exterior.
A Revolução Gloriosa também teve um impacto duradouro na relação entre a Igreja e o Estado na Inglaterra. A deposição de um rei católico e a ascensão de monarcas protestantes reforçaram a posição da Igreja da Inglaterra como a igreja estabelecida.
Em conclusão, a Revolução Gloriosa foi um evento transformador que mudou o curso da história britânica. Suas consequências ainda são sentidas hoje, na forma da monarquia constitucional britânica e do papel do Parlamento no governo.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que foi a Revolução Gloriosa?
2. Por que Jaime II se tornou impopular?
3. Quem convidou Guilherme de Orange para invadir a Inglaterra?
4. O que aconteceu com Jaime II durante a Revolução Gloriosa?
5. O que foi a Declaração de Direitos e por que foi importante?
6. Como a Revolução Gloriosa afetou a política britânica?
7. Como a Revolução Gloriosa afetou a política internacional?
8. Qual foi o impacto da Revolução Gloriosa na relação entre a Igreja e o Estado na Inglaterra?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a Revolução Gloriosa moldou a identidade nacional britânica?
10. Você acredita que a Revolução Gloriosa teve mais impacto na política interna ou externa da Grã- Bretanha? Por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A Revolução Gloriosa resultou na deposição de Guilherme III.
12. ( ) Jaime II era um rei protestante.
13. ( ) A Revolução Gloriosa marcou o início do absolutismo monárquico na Inglaterra.
14. ( ) A Revolução Gloriosa contribuiu para a ascensão da Grã-Bretanha como uma potência global.
15. ( ) A Revolução Gloriosa não teve impacto na relação entre a Igreja e o Estado na Inglaterra.
A Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha no século XVIII, foi um período de grandes mudanças tecnológicas e sociais. A introdução de novas máquinas e técnicas de produção transformou a economia, passando de uma economia agrária para uma economia industrial.
A invenção da máquina a vapor por James Watt foi um marco importante na Revolução Industrial. Essa invenção permitiu a criação de fábricas que não dependiam mais de fontes de energia naturais, como água ou vento, possibilitando a localização das fábricas em áreas urbanas.
A Revolução Industrial também levou ao crescimento das cidades. À medida que as fábricas se multiplicavam, as pessoas se mudavam do campo para as cidades em busca de trabalho, resultando em um rápido crescimento urbano. No entanto, as condições de vida nas cidades industriais eram muitas vezes precárias, com habitações superlotadas e falta de saneamento básico.
A introdução de novas tecnologias também levou à criação de novas classes sociais. A burguesia industrial, composta por proprietários de fábricas e empresários, emergiu como uma nova classe poderosa. Ao mesmo tempo, a classe trabalhadora, composta por operários de fábrica, também se expandiu.
A Revolução Industrial também teve um impacto significativo nas condições de trabalho. Os trabalhadores das fábricas muitas vezes enfrentavam longas horas de trabalho, baixos salários e condições de trabalho perigosas. Isso levou ao surgimento de movimentos trabalhistas que lutavam por melhores condições de trabalho e direitos dos trabalhadores.
A Revolução Industrial também teve um impacto global. A necessidade de matérias-primas para as fábricas levou ao crescimento do imperialismo, à medida que as nações industrializadas buscavam controlar territórios estrangeiros ricos em recursos. Isso resultou em conflitos e desigualdades globais.
Apesar dos muitos desafios e dificuldades, a Revolução Industrial também trouxe muitos benefícios. A produção em massa resultou em produtos mais baratos e acessíveis. Além disso, as inovações tecnológicas levaram a melhorias na saúde e na educação.
Em conclusão, a Revolução Industrial foi um período de mudança profunda que moldou o mundo moderno. Suas consequências, tanto positivas quanto negativas, ainda são sentidas hoje.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que foi a Revolução Industrial?
2. Qual foi a importância da invenção da máquina a vapor?
3. Como a Revolução Industrial afetou o crescimento das cidades?
4. Quais novas classes sociais surgiram com a Revolução Industrial?
5. Como a Revolução Industrial afetou as condições de trabalho?
6. Qual foi o impacto global da Revolução Industrial?
7. Quais foram alguns dos benefícios da Revolução Industrial?
8. Quais foram algumas das consequências negativas da Revolução Industrial?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a Revolução Industrial influenciou a sociedade moderna?
10. Você acredita que os benefícios da Revolução Industrial superam suas consequências negativas? Por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A Revolução Industrial começou no século XIX na França.
12. ( ) A máquina a vapor permitiu a localização de fábricas em áreas rurais.
13. ( ) A Revolução Industrial levou ao declínio das cidades.
14. ( ) A Revolução Industrial resultou em melhores condições de trabalho para os operários de fábrica.
15. ( ) A Revolução Industrial levou ao crescimento do imperialismo.
A Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha no século XVIII, foi um período de grandes mudanças tecnológicas e sociais. Ela pode ser dividida em duas fases principais: a primeira Revolução Industrial (1750-1850) e a segunda Revolução Industrial (1850-1914).
A primeira Revolução Industrial foi marcada pela transição da produção manual para a mecanizada, com a introdução de máquinas movidas a vapor. A invenção da máquina a vapor por James Watt foi um marco importante, permitindo a criação de fábricas que não dependiam mais de fontes de energia naturais.
A segunda Revolução Industrial foi caracterizada pelo desenvolvimento de novas tecnologias, como a eletricidade, o motor de combustão interna e a comunicação por telégrafo. Essas inovações permitiram um aumento ainda maior na produção e eficiência.
A Revolução Industrial teve um impacto profundo na sociedade. Ela levou ao crescimento das cidades, à medida que as pessoas se mudavam do campo para as cidades em busca de trabalho. No entanto, as condições de vida nas cidades industriais eram muitas vezes precárias.
A Revolução Industrial também resultou em mudanças significativas na estrutura social. A burguesia industrial emergiu como uma nova classe poderosa, enquanto a classe trabalhadora expandiu-se, mas enfrentava condições de trabalho difíceis.
Globalmente, a Revolução Industrial levou ao crescimento do imperialismo, à medida que as nações industrializadas buscavam controlar territórios estrangeiros ricos em recursos. Isso resultou em conflitos e desigualdades globais.
Apesar dos desafios, a Revolução Industrial trouxe muitos benefícios. A produção em massa resultou em produtos mais baratos e acessíveis, e as inovações tecnológicas levaram a melhorias na saúde e na educação.
Em conclusão, a Revolução Industrial foi um período de mudança profunda que moldou o mundo moderno. Suas consequências, tanto positivas quanto negativas, ainda são sentidas hoje.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que foi a Revolução Industrial?
2. Quais foram as duas fases principais da Revolução Industrial?
3. Quais foram as principais características da primeira Revolução Industrial?
4. Quais foram as principais características da segunda Revolução Industrial?
5. Como a Revolução Industrial afetou o crescimento das cidades?
6. Quais mudanças sociais ocorreram como resultado da Revolução Industrial?
7. Qual foi o impacto global da Revolução Industrial?
8. Quais foram alguns dos benefícios da Revolução Industrial?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a Revolução Industrial influenciou a sociedade moderna?
10. Você acredita que os benefícios da Revolução Industrial superam suas consequências negativas? Por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A Revolução Industrial começou no século XIX na França.
12. ( ) A máquina a vapor foi uma invenção importante da segunda Revolução Industrial.
13. ( ) A Revolução Industrial levou ao declínio das cidades.
14. ( ) A Revolução Industrial resultou em melhores condições de trabalho para os operários de fábrica.
15. ( ) A Revolução Industrial levou ao crescimento do imperialismo.
O Iluminismo, também conhecido como a Era da Razão, foi um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das ideias na Europa durante o século XVIII. Foi caracterizado por um ênfase na razão, na liberdade e no progresso científico.
Os filósofos iluministas acreditavam que a razão humana poderia ser usada para combater a ignorância, a superstição e a tirania, e para construir um mundo melhor. Eles defendiam a liberdade de pensamento e expressão, a igualdade perante a lei e o direito à vida e à propriedade.
O Iluminismo teve suas raízes na Revolução Científica do século XVII, que foi um período de grandes mudanças e descobertas científicas. A influência da Revolução Científica levou os pensadores iluministas a aplicar o método científico de observação e experimentação a questões de vida e sociedade.
Entre os principais pensadores do Iluminismo estavam John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant. Cada um desses pensadores fez contribuições significativas para a filosofia e as ideias do Iluminismo.
O Iluminismo teve um impacto profundo na sociedade e na política. Ele influenciou a Revolução Americana e a Revolução Francesa, ambas as quais refletiram ideais iluministas de liberdade e igualdade.
Além disso, o Iluminismo também teve um impacto significativo na educação. Os filósofos iluministas acreditavam na importância da educação para o progresso humano e muitos deles defendiam a educação pública.
No entanto, o Iluminismo também teve seus críticos. Alguns argumentaram que a ênfase na razão negligenciava as emoções e a moralidade. Outros criticaram o Iluminismo por sua confiança no progresso e na perfeição humanos.
Em conclusão, o Iluminismo foi um período de grande mudança e progresso. Suas ideias e influências continuam a ser sentidas até hoje, nas nossas sociedades, governos e sistemas educacionais.
v Perguntas sobre o texto:
1. O que foi o Iluminismo?
2. Quais foram as principais ideias defendidas pelos filósofos iluministas?
3. Qual é a relação entre a Revolução Científica e o Iluminismo?
4. Quem foram alguns dos principais pensadores do Iluminismo?
5. Como o Iluminismo influenciou a Revolução Americana e a Revolução Francesa?
6. Qual foi o impacto do Iluminismo na educação?
7. Quais foram algumas das críticas feitas ao Iluminismo?
8. Qual é o legado do Iluminismo hoje?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que o Iluminismo influenciou a sociedade moderna?
10. Você concorda com as críticas feitas ao Iluminismo? Por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) O Iluminismo foi um movimento que rejeitou a razão e a ciência.
12. ( ) Voltaire e Rousseau foram importantes pensadores do Iluminismo.
13. ( ) O Iluminismo não teve nenhum impacto na política.
14. ( ) O Iluminismo defendia a educação pública.
15. ( ) O Iluminismo não teve críticos.
Ø John Locke é frequentemente considerado o fundador do liberalismo clássico. Ele acreditava na supremacia da razão e argumentava que todos os homens nascem iguais, com direitos inalienáveis à vida, liberdade e propriedade.
Ø Voltaire foi um defensor incansável da liberdade de expressão e da liberdade religiosa. Ele é mais conhecido por sua sátira mordaz e seu uso do humor para expor as injustiças e criticar a Igreja e o Estado.
Ø Jean-Jacques Rousseau é famoso por sua teoria do contrato social, que sustenta que a sociedade é baseada em um acordo entre seus membros para sacrificar parte de sua liberdade em troca de proteção.
Ø Barão de Montesquieu é conhecido por sua teoria da separação dos poderes, que influenciou a formação de muitos sistemas governamentais modernos, incluindo a Constituição dos Estados Unidos.
Ø Denis Diderot é mais conhecido como o editor da Enciclopédia, uma das principais realizações do Iluminismo, que visava reunir todo o conhecimento humano em um único lugar.
Ø David Hume é conhecido por seu empirismo radical e ceticismo filosófico. Ele argumentava que todo conhecimento deriva da experiência sensorial.
Ø Immanuel Kant é famoso por sua teoria do conhecimento, que tenta reconciliar o racionalismo e o empirismo. Ele também propôs o imperativo categórico como a base da moralidade.
Ø Adam Smith é conhecido como o pai da economia moderna. Ele defendia o livre comércio e a mão invisível do mercado como a melhor maneira de criar riqueza.
v Perguntas sobre o texto:
1. Quem é considerado o fundador do liberalismo clássico?
2. Qual filósofo iluminista é mais conhecido por sua sátira mordaz?
3. Qual é a teoria famosa de Jean-Jacques Rousseau?
4. Quem propôs a teoria da separação dos poderes?
5. Qual foi a principal realização de Denis Diderot?
6. Qual filósofo argumentou que todo conhecimento deriva da experiência sensorial?
7. Quem tentou reconciliar o racionalismo e o empirismo em sua teoria do conhecimento?
8. Quem é conhecido como o pai da economia moderna?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que as ideias de John Locke sobre os direitos inalienáveis influenciaram as democracias modernas?
10. Como a teoria do contrato social de Rousseau pode ser aplicada na sociedade atual?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Voltaire era contra a liberdade de expressão.
12. ( ) Montesquieu propôs a teoria do contrato social.
13. ( ) Denis Diderot é conhecido por sua teoria do conhecimento.
14. ( ) David Hume acreditava que todo conhecimento deriva da experiência sensorial.
15. ( ) Adam Smith defendia o controle estatal da economia.
A Independência dos Estados Unidos é um dos eventos mais significativos da história mundial. Foi um processo que começou com a insatisfação das 13 colônias americanas com o domínio britânico, especialmente devido à alta tributação imposta pela Coroa Britânica.
O Ato do Selo de 1765, que impunha um imposto sobre todos os documentos legais, jornais e outros papéis, foi uma das principais causas do descontentamento. Isso levou ao famoso slogan “Sem tributação sem representação”, pois as colônias não tinham representação no Parlamento Britânico.
A Revolução Americana começou em 1775, com a primeira batalha em Lexington e Concord. Os colonos, agora chamados de patriotas, lutaram contra as forças britânicas em uma guerra que durou oito anos.
Durante a guerra, em 4 de julho de 1776, as colônias adotaram a Declaração de Independência, redigida principalmente por Thomas Jefferson. Este documento proclamou a independência das colônias e estabeleceu os Estados Unidos da América.
A guerra terminou com a Batalha de Yorktown em 1781, onde o general britânico Cornwallis se rendeu ao general americano George Washington. No entanto, a paz só foi oficialmente estabelecida com o Tratado de Paris em 1783.
Após a guerra, os Estados Unidos enfrentaram o desafio de criar um novo sistema de governo. A Constituição dos Estados Unidos foi adotada em 1787, estabelecendo um governo federal com a separação de poderes.
A independência dos Estados Unidos teve um impacto significativo em todo o mundo, inspirando outras colônias a lutar por sua independência. Também marcou o início de uma nova era de expansão e crescimento para os Estados Unidos.
Hoje, a Independência dos Estados Unidos é comemorada todos os anos no Dia da Independência, também conhecido como 4 de julho, com fogos de artifício, paradas e celebrações em todo o país.
v Perguntas sobre o texto:
1. Qual foi a principal causa do descontentamento das 13 colônias americanas?
2. O que o Ato do Selo impunha?
3. Quando começou a Revolução Americana e quanto tempo durou?
4. Quem redigiu principalmente a Declaração de Independência?
5. Qual batalha marcou o fim da Revolução Americana?
6. Quando a paz foi oficialmente estabelecida?
7. Que documento estabeleceu um governo federal com a separação de poderes nos Estados Unidos?
8. Como é comemorada a Independência dos Estados Unidos hoje?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a Independência dos Estados Unidos influenciou outros movimentos de independência ao redor do mundo?
10. Qual você acredita ter sido o maior desafio enfrentado pelos Estados Unidos após a independência?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A Independência dos Estados Unidos foi proclamada antes do início da Revolução Americana.
12. ( ) A Declaração de Independência foi adotada em 4 de julho de 1775.
13. ( ) A Batalha de Yorktown marcou o início da Revolução Americana.
14. ( ) A Constituição dos Estados Unidos foi adotada antes do Tratado de Paris.
15. ( ) O Dia da Independência é comemorado em 4 de julho com fogos de artifício e paradas.
A Revolução Francesa, que ocorreu de 1789 a 1799, foi um período de mudança radical e agitação política na França. Foi marcada pela queda da monarquia absolutista, a ascensão de ideais democráticos e a eventual ascensão de Napoleão Bonaparte.
A revolução foi precipitada por vários fatores, incluindo a crise financeira resultante de guerras caras e a falta de reformas adequadas. A população estava insatisfeita com o sistema feudal, a desigualdade social e a opressão da monarquia.
O Estados Gerais foi convocado em 1789 para resolver a crise financeira. No entanto, o Terceiro Estado, que representava a classe comum, rompeu e formou a Assembleia Nacional, marcando o início da revolução.
A Tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789, um presídio que simbolizava o despotismo real, tornou-se um ponto de virada significativo. Este evento é comemorado anualmente na França como o Dia da Bastilha.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi adotada em agosto de 1789, estabelecendo os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
A revolução passou por várias fases, incluindo a Reign of Terror (1793-1794), quando milhares foram executados por suposta deslealdade à república.
A revolução terminou com o golpe de 18 Brumário em 1799, que trouxe Napoleão Bonaparte ao poder, marcando o início do regime napoleônico.
A Revolução Francesa teve um impacto duradouro, não apenas na França, mas em todo o mundo. Ela derrubou o antigo regime, espalhou ideais nacionalistas e democráticos e desafiou a estrutura social e política da época.
v Perguntas sobre o texto:
1. Quais foram as principais causas da Revolução Francesa?
2. O que representava o Terceiro Estado nos Estados Gerais?
3. Qual é a importância da Tomada da Bastilha na Revolução Francesa?
4. O que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabeleceu?
5. O que foi a Reign of Terror e quando ocorreu?
6. Como a Revolução Francesa terminou?
7. Quem assumiu o poder após o fim da Revolução Francesa?
8. Qual foi o impacto da Revolução Francesa?
v Perguntas subjetivas:
9. Como você acha que a Revolução Francesa influenciou o mundo moderno?
10. Você acredita que a Revolução Francesa foi bem-sucedida em alcançar seus objetivos? Por quê?
v Questões de Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) A Revolução Francesa foi causada apenas pela crise financeira.
12. ( ) A Tomada da Bastilha marcou o fim da Revolução Francesa.
13. ( ) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi adotada antes da Tomada da Bastilha.
14. ( ) A Reign of Terror ocorreu antes da formação da Assembleia Nacional.
15. ( ) Napoleão Bonaparte assumiu o poder durante a Revolução Francesa.
A Revolução Industrial despontou pioneiramente, na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra e gradativamente foi espalhando-se pela Europa e, em seguida, para todo o mundo. Mas por que necessariamente isso ocorreu na Inglaterra? A resposta para isso é encontrada um pouco no acaso e um pouco na própria história inglesa.
Primeiramente, é importante estabelecer que o desenvolvimento tecnológico e industrial na Inglaterra foi possível porque a burguesia se estabeleceu como classe e garantiu o desenvolvimento da economia inglesa na direção do capitalismo. Isso aconteceu no século XVII, com a Revolução Gloriosa.
A Revolução Gloriosa aconteceu em 1688 e consolidou o fim da monarquia absolutista na Inglaterra (que já vinha enfraquecida desde a Revolução Puritana, na década de 1640). Com isso, a Inglaterra transformou-se em uma monarquia constitucional parlamentarista, na qual o poder do rei não estava acima do Parlamento nem da Constituição — no caso da Inglaterra, da Declaração de Direitos (Bill of Rights).
Assim, a burguesia conseguiu consolidar-se enquanto classe e governar de maneira a atender aos seus interesses econômicos. Um acontecimento fundamental para o desenvolvimento do comércio inglês ocorreu entre as duas revoluções do século XVII citadas acima. Em 1651, Oliver Cromwell decretou os Atos de Navegação, lei que determinava que mercadorias compradas ou vendidas pela Inglaterra somente seriam transportadas por embarcações inglesas.
Essa lei foi fundamental, pois protegeu o comércio, enfraqueceu a concorrência dos ingleses e garantiu que os navios ingleses controlassem as rotas comerciais marítimas. Isso enriqueceu a burguesia inglesa e permitiu-lhes acumular capital. Esse capital foi utilizado no desenvolvimento de máquinas e na instalação das indústrias.
Mas não bastava somente excedente de capital para garantir o desenvolvimento industrial. Eram necessários trabalhadores, e a Inglaterra do século XVIII tinha mão de obra excedente. Isso está relacionado com os cercamentos que aconteciam na Inglaterra e que se intensificaram a partir do século XVII.
Os cercamentos aconteciam por força da Lei dos Cercamentos (Enclosure Acts), lei inglesa que permitia que as terras comuns fossem cercadas e transformadas em pasto. As terras comuns eram parte do sistema feudal, que estipulava determinadas áreas para serem ocupadas e cultivadas pelos camponeses.
Com os cercamentos, os camponeses que habitavam essas terras foram expulsos, e as terras foram transformadas em pasto para a criação de ovelhas. A criação de ovelhas era o que fornecia a lã utilizada em larga escala na produção têxtil do país. Os camponeses expulsos de suas terras e sem ter para onde ir mudaram-se para as grandes cidades.
Sem nenhum tipo de qualificação, esses camponeses se viram obrigados a trabalhar nos únicos locais que forneciam empregos — as indústrias. Assim, as indústrias que se desenvolviam na Inglaterra tinham mão de obra excedente. Isso garantia aos patrões poder de barganha, pois poderiam forçar os trabalhadores a aceitarem salários de fome por uma jornada diária exaustiva.
A adesão dos trabalhadores às indústrias ocorreu de maneira massiva também por uma lei inglesa que proibia às pessoas a “vadiagem”. Assim, pessoas que fossem pegas vagando pelas ruas sem emprego poderiam ser punidas com castigos físicos e até mesmo com a morte, caso fossem reincidentes.
Por último, destaca-se que o acaso e o fortuito também contribuíram para que a Inglaterra despontasse pioneiramente. O desenvolvimento das máquinas e das indústrias apenas ocorreu porque a Inglaterra tinha grandes reservas dos dois materiais essenciais para isso: o carvão e o ferro. Com reservas de carvão e
ferro abundantes, a Inglaterra pôde desenvolver sua indústria desenfreadamente.
Fases da Revolução Industrial
A Revolução Industrial corresponde às modificações econômicas e tecnológicas que consolidaram o sistema capitalista e permitiram o surgimento de novas formas de organização da sociedade. As transformações tecnológicas, econômicas e sociais vividas na Europa Ocidental, inicialmente limitadas à Inglaterra, em meados do século XVIII, tiveram diversos desdobramentos, os quais podemos chamar de fases. Essas fases correspondem ao processo evolutivo das tecnologias desenvolvidas e as consequentes mudanças socioeconômicas. São elas:
· Primeira Revolução Industrial;
· Segunda Revolução Industrial;
· Terceira Revolução Industrial.
→ Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial refere-se ao processo de evolução tecnológica vivido a partir do século XVIII na Europa Ocidental, entre 1760 e 1850, estabelecendo uma nova relação entre a sociedade e o meio e possibilitando a existência de novas formas de produção que transformaram o setor industrial, dando início a um novo padrão de consumo. Essa fase é marcada especialmente pela:
· substituição da energia produzida pelo homem por energias como a vapor, eólica e hidráulica;
· substituição da produção artesanal (manufatura) pela indústria (maquinofatura);
· existência de novas relações de trabalho.
· As principais invenções dessa fase que modificaram todo o cenário vivido na época foram:
· utilização do carvão como fonte de energia;
· consequente desenvolvimento da máquina a vapor e da locomotiva;
· desenvolvimento do telégrafo, um dos primeiros meios de comunicação quase instantânea.
· Locomotiva a vapor, uma invenção da Primeira Revolução Industrial.
A produção modificou-se, diminuindo o tempo e aumentando a produtividade; as invenções possibilitaram o melhor escoamento de matérias-primas, bem como de consumidores, e também favoreceram a distribuição dos bens produzidos. Para saber mais sobre essa fase, clique aqui.
→ Segunda Revolução Industrial
O petróleo passou a ser utilizado na Segunda Revolução Industrial como fonte de energia para o motor à combustão.
A Segunda Revolução Industrial refere-se ao período entre a segunda metade do século XIX e meados do século XX, tendo seu fim durante a Segunda Guerra Mundial. A industrialização avançou os limites geográficos da Europa Ocidental, espalhando-se por países como Estados Unidos, Japão e demais países da Europa.
Compreende a fase de avanços tecnológicos ainda maiores que os vivenciados na primeira fase, bem como o aperfeiçoamento de tecnologias já existentes. O mundo pôde vivenciar diversas novas criações, que aumentaram ainda mais a produtividade e, consequentemente, os lucros das indústrias. Houve nesse período, também, grande incentivo às pesquisas, especialmente no campo da medicina.
As principais invenções dessa fase estão associadas ao uso do petróleo como fonte de energia, utilizado na nova invenção: o motor à combustão. A eletricidade, que antes era utilizada apenas para desenvolvimento de pesquisas em laboratórios, nesse período começou a ser usada para o funcionamento de motores, com destaque para os motores elétricos e à explosão. O ferro, que antes era largamente utilizado, passou a ser substituído pelo aço. Para saber mais sobre a Segunda Revolução Industrial, clique aqui.
→ Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial ficou conhecida como Revolução Tecnocientífica, especialmente pelo desenvolvimento da robótica.
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Tecnocientífica, iniciou-se na metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Essa fase representa uma revolução não só no setor industrial, visto que passou a relacionar o desenvolvimento tecnológico voltado ao processo produtivo também ao avanço científico, deixando de limitar-se apenas a alguns países e espalhando-se por todo o mundo.
As transformações possibilitadas pelos avanços tecnocientíficos são vivenciadas até os dias atuais, e cada nova descoberta representa um novo patamar alcançado dentro dessa fase da revolução, consolidando o que ficou conhecido como capitalismo financeiro. A introdução da biotecnologia, robótica, avanços na área da genética, telecomunicações, eletrônica, transporte, entre outras áreas, transformaram não só a produção, como também as relações sociais, o modo de vida da sociedade e o espaço geográfico.
Todo esse desenvolvimento proporcionado pelos avanços obtidos nas diversas áreas científicas se relacionam ao que chamamos de globalização: tudo converge para a diminuição do tempo e das distâncias, ligando pessoas, lugares, transmitindo informações instantaneamente, superando, então, os desafios e obstáculos que permeiam a localização geográfica, as diferenças culturais, físicas e sociais. Para saber mais sobre a Terceira Revolução Industrial, clique aqui.
O trabalhador na Revolução Industrial
A Revolução Industrial também gerou grandes transformações no modo de produção de mercadorias. Antes do surgimento da indústria, a produção acontecia pelo modo de produção manufatureiro, isto é, um modo de produção manual que utilizava a capacidade artesanal daquele que produzia. Assim, a manufatura foi substituída pela maquinofatura.
Com a maquinofatura, não era mais necessária a utilização de vários trabalhadores especializados para produzir uma mercadoria, pois uma pessoa manuseando as máquinas conseguiria fazer todo o processo sozinha. Com isso, o salário do trabalhador despencou, uma vez que não eram mais necessários funcionários com habilidades manuais.
Isso é evidenciado pela estatística trazida por Eric Hobsbawm que mostra como o salário do trabalhador inglês caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton, cidade no oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas em 1815, o valor pago havia caído para 14 xelins, e entre 1829 e 1834, esse salário havia despencado para quase seis xelins.|2| Percebemos aqui uma queda brusca no salário, e esse se processo deu em toda a Inglaterra.
Além do baixo salário, os trabalhadores eram obrigados a lidar com uma carga de trabalho extenuante. Nas indústrias inglesas do período da Revolução Industrial, a jornada diária de trabalho costumava ser de até 16 horas com apenas 30 minutos de pausa para o almoço. Os trabalhadores que não aguentassem a jornada eram sumariamente substituídos por outros.
Não havia nenhum tipo de segurança para os trabalhadores, e constantemente acidentes aconteciam. O acidente mais comum era quando os trabalhadores tinham seus dedos presos nas máquinas, e muitos os perdiam. Os trabalhadores que se afastavam por problemas de saúde poderiam ser demitidos e não receberiam seu salário. Só eram pagos os funcionários que trabalhavam efetivamente.
Essa situação degradante fez com que os trabalhadores se mobilizassem pouco a pouco contra seus patrões. Isso levou à criação das organizações de trabalhadores (mais conhecidas no Brasil como sindicatos), chamadas na Inglaterra de trade unions. Os trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho.
Cartismo e ludismo
Dois grandes movimentos de trabalhadores que surgiram dessas organizações foram o ludismo e o cartismo.
O ludismo teve atuação destacada no período entre 1811 e 1816, e sua estratégia consistia em invadir as fábricas e destruir as máquinas. Isso acontecia porque os adeptos do ludismo afirmavam que as máquinas estavam roubando os empregos dos homens e, portanto, deveriam ser destruídas.
O movimento cartista, por sua vez, surgiu na década de 1830 e lutava por direitos trabalhistas e políticos para a classe de trabalhadores da Inglaterra. Uma das principais exigências dos cartistas era o sufrágio universal masculino, isto é, o direito de que todos os homens pudessem votar. Os cartistas também exigiam que sua classe tivesse representatividade no Parlamento inglês.
A mobilização de trabalhadores resultou em algumas melhorias ao longo do século XIX. A pressão exercida pelos trabalhadores dava-se, principalmente, por meio de greve. Uma das melhorias mais sensíveis conquistadas pelos trabalhadores foi a redução da jornada de trabalho para dez horas diárias.
A mobilização de trabalhadores enquanto classe, ou seja, pobres (proletários), não foi um fenômeno que surgiu especificamente por causa da Revolução Industrial. Nas palavras de Eric Hobsbawm, o enfrentamento dos patrões pelos trabalhadores aconteceu porque a Revolução Francesa deu-lhes confiança para isso, enquanto “a Revolução Industrial trouxe a necessidade de mobilização permanente”.|3|
Consequências da Revolução Industrial
De modo geral, a Revolução Industrial transformou não só o setor econômico e industrial, como também as relações sociais, as relações entre o homem e a natureza, provocando alterações no modo de vida das pessoas, nos padrões de consumo e no meio ambiente. Cada fase da revolução representou diferentes transformações e consequências mediante os avanços obtidos em cada período.
A Primeira Revolução Industrial representou uma nova organização no modo capitalista. Nesse período houve um aumento significativo de indústrias, bem como o aumento da produtividade (produção em menor tempo). O homem, ao ser substituído pela máquina, saiu da zona rural para ir para as cidades em busca de novas oportunidades, dando início ao processo de urbanização.
Esse processo culminou no crescimento desenfreado das cidades, na marginalização de boa parte da população, bem como em problemas de ordem social, como miséria, violência, fome. Nessa fase, também, a sociedade organizou-se em dois polos: de um lado, a burguesia, e do outro, o proletariado.
A Segunda Revolução Industrial teve como principais consequências, mediante o maior avanço tecnológico, o aumento da produção em massa em bem menos tempo, consequentemente o aumento do comércio e modificação nos padrões de consumo. Muitos países passaram a se industrializar, especialmente os mais ricos, dominando economicamente, então, diversos outros (expansão territorial e exploração de matéria-prima).
O avanço nos transportes possibilitou maior e melhor escoamento de mercadorias e trânsito de pessoas. Surgiram as grandes cidades e, com elas, também problemas como superpopulação, aumento das doenças, desemprego, aumento da mão de obra barata e novas relações de trabalho.
A Terceira Revolução Industrial e a nova integração entre ciência, tecnologia e produção possibilitaram avanços na medicina; a invenção de robôs capazes de fazer um trabalho extremamente minucioso e preciso; avanços na área da genética, trazendo novas técnicas que melhoraram a qualidade de vida das pessoas; diminuição das distâncias entre os povos e a maior difusão de notícias e informações por meio de novos meios de comunicação; consolidação do capitalismo financeiro; e aumento do número de empresas multinacionais.
E não menos importante, essas transformações possibilitadas pela Revolução Industrial como um todo transformaram o modo como o homem se relaciona com o meio. A apropriação dos recursos naturais para viabilizar as produções e os avanços tecnocientíficos têm causado grande impacto ambiental.
O Iluminismo, também conhecido como a Era da Razão, foi um movimento intelectual que floresceu na Europa durante os séculos XVII e XVIII. Os filósofos iluministas, com suas ideias revolucionárias, desafiaram o status quo e promoveram a busca pelo conhecimento, a liberdade individual e a igualdade. Vamos explorar as principais ideias de alguns desses pensadores notáveis:
1. Voltaire (1694-1778):
o Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, era um filósofo francês conhecido por sua sagacidade e críticas afiadas.
o Principais Ideias:
§ Defendia uma monarquia centralizada, com um monarca culto e assessorado por filósofos.
§ Criticava severamente as instituições religiosas e os hábitos feudais.
§ Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades divinas.
o Principais Obras:
§ “Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas”: Comparava os costumes ingleses aos da França absolutista.
§
“O Ingênuo”: Um conto filosófico.
2. John Locke (1632-1704):
o Locke, um filósofo inglês, foi um expoente do empirismo britânico e um dos maiores teóricos do contrato social.
o Principais Ideias:
§ A mente humana é como uma “tabula rasa”, uma folha em branco.
§ Rejeitava a ideia de “ideias inatas”, afirmando que todas as nossas ideias vêm dos sentidos do corpo.
§ Contribuiu para a derrubada do absolutismo inglês.
o Principais Obras:
§ “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”: Argumentava contra o absolutismo.
§ “Cartas Sobre a Tolerância” e “Ensaios sobre o Entendimento Humano”.
3.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
o Rousseau, filósofo suíço, lançou as bases para o Romantismo europeu.
o Principais Ideias:
§ Acreditava na bondade natural do ser humano, mas via a sociedade como corruptora.
§ Defendia a soberania popular e a participação direta do povo na política.
§ Sua obra “O Contrato Social” influenciou movimentos revolucionários.
o Principais Obras:
§ “O Contrato Social”: Propôs um modelo de governo baseado no consentimento do povo.
§ “Emílio, ou Da Educação”: Reflexões sobre a educação e a natureza humana.
4. Montesquieu (1689-1755):
o Montesquieu, um pensador francês, é famoso por sua teoria da separação dos poderes.
o Principais Ideias:
§ Defendia a divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) para evitar abusos.
§ Influenciou a formação das democracias modernas.
o Principais Obras:
§ “O Espírito das Leis”: Analisava diferentes formas de governo e suas consequências.
Esses filósofos iluministas, com suas ideias progressistas, moldaram o mundo moderno e continuam a inspirar debates sobre liberdade, igualdade e justiça.
EXERCÍCIO
1. Relacione a primeira coluna de acordo com a segunda
A. Voltaire (1694-1778):
B. John Locke (1632-1704):
C. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
D. Montesquieu (1689-1755):
( ) Defendia a soberania popular e a participação direta do povo na política. ( ) Sua obra “O Contrato Social” influenciou movimentos revolucionários.
( ) “O Contrato Social”: Propôs um modelo de governo baseado no consentimento do povo. ( ) “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”: Argumentava contra o absolutismo.
( ) “O Espírito das Leis”: Analisava diferentes formas de governo e suas consequências. ( ) “Emílio, ou Da Educação”: Reflexões sobre a educação e a natureza humana.
( ) Acreditava na bondade natural do ser humano, mas via a sociedade como corruptora. ( ) A mente humana é como uma “tabula rasa”, uma folha em branco.
( ) Rejeitava a ideia de “ideias inatas”, afirmando que todas as nossas ideias vêm dos sentidos do corpo.
( ) Contribuiu para a derrubada do absolutismo inglês.
( ) Defendia uma monarquia centralizada, com um monarca culto e assessorado por filósofos. ( ) Defendia a divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) para evitar abusos.
( ) Influenciou a formação das democracias modernas.
( ) Criticava severamente as instituições religiosas e os hábitos feudais.
( ) Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades divinas.
( ) “Cartas Sobre a Tolerância” e “Ensaios sobre o Entendimento Humano”.
( ) “Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas”: Comparava os costumes ingleses aos da França absolutista.
( ) “O Ingênuo”: Um conto filosófico.
Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um dos mais influentes filósofos iluministas do século XVIII. Sua vida e obra foram marcadas por uma busca incansável pela liberdade de pensamento, crítica social e defesa dos direitos individuais. Vamos explorar suas principais ideias e obras:
1. Principais Ideias:
o Monarquia Centralizada e Iluminada: Voltaire acreditava que uma monarquia centralizada, com um monarca culto e bem assessorado por filósofos, poderia ser a melhor forma de governo. Ele via a monarquia como uma maneira de evitar os excessos da aristocracia e da tirania, desde que o monarca fosse esclarecido e governasse com base na razão.
o Crítica às Instituições Religiosas: Voltaire era um crítico ferrenho da Igreja Católica e das instituições religiosas em geral. Ele denunciava a intolerância religiosa, a superstição e a hipocrisia dos líderes religiosos. Sua famosa frase “Écrasez l’infâme!” (Esmaguem o infame!) expressa seu desejo de combater o fanatismo religioso.
o Razão e Liberdade como Privilégio dos Iluminados: Voltaire acreditava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam compreender as vontades divinas. Ele defendia a educação, o conhecimento e a liberdade de expressão como direitos fundamentais para todos os cidadãos.
2. Principais Obras:
o “Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas”: Nessa obra, Voltaire compara os costumes e instituições da Inglaterra com os da França absolutista. Ele elogia a liberdade religiosa e a tolerância inglesa, criticando a opressão e a censura na França.
o “O Ingênuo”: “O Ingênuo” é um conto filosófico que satiriza a sociedade francesa da época. O protagonista, o jovem ingênuo, viaja pelo mundo e se depara com a corrupção, a hipocrisia e a injustiça. A obra critica a nobreza, a Igreja e os privilégios sociais.
Voltaire deixou um legado duradouro, influenciando não apenas seus contemporâneos, mas também as gerações futuras. Sua defesa da liberdade de pensamento e sua luta contra a opressão continuam a inspirar aqueles que buscam um mundo mais justo e esclarecido.
John Locke, filósofo inglês do século XVII, é uma figura central no movimento iluminista. Suas ideias revolucionaram a filosofia política e influenciaram a formação das democracias modernas. Vamos explorar suas principais ideias e obras:
1. A Mente Humana como “Tabula Rasa”:
o Locke acreditava que a mente humana era como uma “tabula rasa”, uma folha em branco. Isso significa que nascemos sem ideias inatas ou conhecimento prévio. Todas as nossas ideias vêm da experiência sensorial e da interação com o mundo ao nosso redor. Essa visão contrastava com a crença anterior de que algumas ideias eram inerentes à natureza humana.
2. Rejeição das “Ideias Inatas”:
o Locke criticou a noção de “ideias inatas”, defendendo que não nascemos com conhecimento inato sobre o mundo ou princípios morais. Em vez disso, nossa mente se desenvolve gradualmente por meio da observação, reflexão e experiência. Essa perspectiva teve um impacto significativo na epistemologia e na teoria do conhecimento.
3. Contribuição para a Derrubada do Absolutismo Inglês:
o Locke foi um defensor da liberdade individual e dos direitos naturais. Ele argumentou que o governo deveria ser baseado no consentimento dos governados e que os monarcas não tinham autoridade divina absoluta. Sua obra teve influência direta na Revolução Gloriosa de 1688, que resultou na limitação do poder monárquico na Inglaterra.
4. Principais Obras:
o “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”:
§ Nessa obra, Locke desenvolve sua teoria do contrato social. Ele argumenta que os indivíduos, ao entrarem na sociedade, concordam tacitamente em obedecer às leis e ao governo. Se o governo violar esses acordos, os cidadãos têm o direito de resistir e até mesmo depor o governante.
§ Locke também defende a separação dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) como forma de evitar abusos de autoridade.
o “Cartas Sobre a Tolerância”:
§ Nesse trabalho, Locke defende a liberdade religiosa e a tolerância. Ele argumenta que o Estado não deve impor uma religião específica aos cidadãos e que a consciência individual deve ser respeitada.
o “Ensaios sobre o Entendimento Humano”:
§ Nessa obra, Locke explora a origem e a natureza do conhecimento humano. Ele analisa questões como a relação entre palavras e ideias, a classificação do conhecimento e a importância da experiência sensorial.
John Locke deixou um legado duradouro, influenciando não apenas a filosofia, mas também os princípios fundamentais das sociedades democráticas. Sua ênfase na razão, liberdade e igualdade continua a inspirar pensadores e ativistas em todo o mundo.
Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço do século XVIII, desempenhou um papel fundamental no movimento iluminista e lançou as bases para o Romantismo europeu. Suas ideias influenciaram não apenas seu tempo, mas também moldaram o pensamento político e social nas décadas seguintes. Vamos explorar suas principais ideias e obras:
1. A Bondade Natural do Ser Humano e a Corrupção da Sociedade:
o Rousseau acreditava que o ser humano nascia naturalmente bom e virtuoso. No estado de natureza, as pessoas eram livres, igualitárias e guiadas por instintos benevolentes. No entanto, à medida que a sociedade se desenvolvia, a corrupção se infiltrava. As instituições sociais, a propriedade privada e a desigualdade transformavam a bondade natural em egoísmo e vícios.
2. Soberania Popular e Participação Direta do Povo na Política:
o Rousseau defendia a soberania popular como o princípio fundamental da democracia. Ele acreditava que o poder deveria residir no povo, não em monarcas ou elites. Em sua obra “O Contrato Social”, ele propôs que os cidadãos se unissem em um contrato voluntário para formar um governo legítimo. Esse contrato baseava-se no consentimento livre e igualitário de todos os membros da sociedade.
3. “O Contrato Social” e a Revolução Francesa:
o Sua obra mais famosa, “O Contrato Social”, publicada em 1762, teve um impacto profundo. Rousseau argumentava que o governo deveria ser uma expressão da vontade geral, representando os interesses de todos os cidadãos. Ele influenciou os revolucionários franceses, que buscavam uma nova ordem política baseada na igualdade e na participação popular.
4. Principais Obras:
o “O Contrato Social”:
§ Nessa obra, Rousseau delineou sua teoria do contrato social. Ele propôs que os indivíduos abrissem mão de parte de sua liberdade em troca da proteção e dos benefícios da vida em sociedade. O governo legítimo deveria ser baseado no consentimento livre e igualitário de todos os cidadãos.
o “Emílio, ou Da Educação”:
§ Nesse livro, Rousseau discutiu sua visão sobre a educação. Ele enfatizava a importância de uma educação natural, que respeitasse o desenvolvimento individual e permitisse que as crianças explorassem o mundo de forma autônoma.
Rousseau, com sua visão crítica da sociedade e sua defesa apaixonada da liberdade e igualdade, continua a inspirar debates sobre a natureza humana e a política. Suas ideias ecoam nos movimentos sociais e nas lutas por justiça e participação democrática.
Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, foi um pensador francês cujas ideias tiveram um impacto profundo na filosofia política e na formação das democracias modernas. Sua obra mais famosa, “O Espírito das Leis”, revolucionou a maneira como entendemos o funcionamento dos governos e a importância da separação dos poderes. Vamos explorar suas principais ideias e obras:
1. A Teoria da Separação dos Poderes:
o Montesquieu é conhecido por sua defesa da separação dos poderes. Ele argumentava que o poder estatal deveria ser dividido em três esferas independentes: o poder executivo, o poder legislativo e o poder judiciário. Essa separação evitaria abusos de autoridade e garantiria a liberdade dos cidadãos.
2. Defesa da Divisão dos Poderes:
o O poder executivo, responsável pela implementação das leis, não deveria se confundir com o poder legislativo, que cria as leis. Além disso, o poder judiciário, encarregado de interpretar e aplicar as leis, também deveria ser independente. Essa divisão garantiria um sistema de freios e contrapesos, impedindo concentração excessiva de poder.
3. Influência nas Democracias Modernas:
o A teoria de Montesquieu influenciou diretamente a formação das democracias modernas. Seu conceito de separação dos poderes foi incorporado nas constituições de muitos países, incluindo os Estados Unidos. A Constituição dos EUA, por exemplo, divide o governo federal em três ramos, seguindo os princípios montesquieuanos.
4. Principais Obras:
o “O Espírito das Leis”:
§ Publicada em 1748, essa obra é uma análise profunda das diferentes formas de governo e suas consequências. Montesquieu examina as leis, os costumes, o clima e a geografia de diferentes nações para entender como esses fatores moldam suas instituições políticas.
§ Ele defende que cada tipo de governo (monarquia, república ou despotismo) deve ter suas próprias leis adequadas à sua natureza.
o Outras Obras:
§ Montesquieu também escreveu sobre temas como religião, costumes e moral. Suas obras incluem “Cartas Persas” e “Considerações sobre as Causas da Grandeza dos Romanos e de sua Decadência”.
Montesquieu deixou um legado duradouro, lembrando-nos da importância da separação dos poderes como salvaguarda da liberdade e da justiça. Sua visão continua a inspirar debates sobre a organização política e a proteção dos direitos individuais.
A REPÚBLICA CHEGA AO BRASIL
Uma república em construção
Industrialização e urbanização na Primeira República
A GRANDE GUERRA E A REVOLUÇÃO RUSSA
A Primeira Guerra Mundial
A Revolução Russa
HISTÓRIA- 9º ANO (1º BIMESTRE)
REPÚBLICA VELHA
A República Velha, também conhecida como Primeira República ou República Oligárquica, refere-se ao período da história brasileira que se estende de 1889, com a proclamação da República, até 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder e o início da Era Vargas. Este foi um período marcado por transformações políticas, sociais e econômicas significativas, bem como por uma série de desafios e contradições que moldaram profundamente o desenvolvimento do país.
· Contexto Histórico:
A proclamação da República em 15 de novembro de 1889 marcou o fim do regime monárquico no Brasil, que havia perdurado por quase cinco séculos desde a chegada dos portugueses em 1500. O Imperador Dom Pedro II foi deposto e um governo provisório liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca foi estabelecido. A transição para a república não foi isenta de conflitos e controvérsias, e o novo regime enfrentou desafios imediatos, incluindo a oposição de monarquistas e a necessidade de consolidar sua autoridade em um país vasto e diversificado.
· Características da República Velha:
1. Coronelismo e Política dos Governadores: Durante a República Velha, o poder político estava concentrado nas mãos de oligarquias regionais, lideradas por grandes proprietários rurais conhecidos como coronéis. Estes exerciam um controle quase absoluto sobre as eleições, utilizando práticas como o clientelismo e o voto de cabresto para manter seu domínio. A Política dos Governadores, estabelecida por Campos Sales, presidente entre 1898 e 1902, consolidou esse sistema ao estabelecer acordos entre o governo federal e as oligarquias estaduais, garantindo estabilidade política em troca de apoio ao governo central.
2. Economia Cafeeira e a Questão Social: Durante a República Velha, a economia brasileira era dominada pela produção e exportação de café. O país se tornou o maior produtor e exportador mundial deste produto, e os barões do café exerciam considerável influência política e econômica. No entanto, o crescimento econômico não se traduziu em melhorias significativas nas condições de vida da maioria da população. O Brasil permaneceu um país profundamente desigual, com uma grande massa de trabalhadores rurais e urbanos vivendo em condições de pobreza e marginalização.
3. Movimentos Sociais e Políticos: Apesar do domínio das oligarquias, o período da República Velha também testemunhou o surgimento de movimentos sociais e políticos que buscavam reformas e mudanças sociais. Destacam-se a Revolta da Armada (1893-1894), a Revolta da Vacina (1904), a Revolta da Chibata (1910) e a Revolta do Contestado (1912-1916), entre outros. Esses movimentos refletiam as tensões e contradições sociais do período, bem como a resistência das classes marginalizadas às estruturas de poder estabelecidas.
4. Política Externa: Durante a República Velha, o Brasil buscou consolidar sua posição como uma potência regional na América do Sul. A política externa era marcada por uma combinação de pragmatismo e diplomacia, com o país buscando expandir seus interesses econômicos e políticos na região. Destaca-se a participação do Brasil na Guerra do Paraguai (1864-1870) e na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), bem como a assinatura de acordos comerciais e tratados de fronteira com outros países sul-americanos.
· Críticas e Legado:
A República Velha é frequentemente criticada por sua exclusão política e social, sua dependência da economia do café e sua incapacidade de lidar eficazmente com as questões sociais e econômicas do país. No entanto, também é reconhecida como um período de consolidação das instituições republicanas e de afirmação da identidade nacional brasileira. O sistema político e econômico estabelecido durante a República Velha lançou as bases para o desenvolvimento futuro do país, moldando as dinâmicas de poder e as relações sociais que ainda ecoam na sociedade brasileira contemporânea.
Conclusão:
A República Velha foi um período de transformações profundas e complexas na história do Brasil. Marcado pelo domínio das oligarquias regionais, pela economia cafeicultora e por uma série
de movimentos sociais e políticos, este período foi crucial para a consolidação da identidade republicana do país. No entanto, as contradições e desigualdades sociais que caracterizaram a República Velha também lançaram os alicerces para os desafios que o Brasil enfrentaria no século XX e além. O legado da República Velha continua a influenciar a política, a economia e a sociedade brasileiras até os dias de hoje.
EXERCÍCIO
1. Quais foram as principais características do sistema político durante a República Velha?
2. Como o coronelismo influenciou a dinâmica política e social do Brasil nesse período?
3. Qual era a principal atividade econômica durante a República Velha e como ela influenciava as relações de poder no país?
4. Quais foram os principais movimentos sociais e políticos que ocorreram durante a República Velha?
5. Quem foram os presidentes mais influentes durante esse período e quais foram suas principais políticas?
6. Qual foi o papel da Política dos Governadores na consolidação do poder das oligarquias regionais?
7. Como a questão da mão de obra escrava foi abordada durante a República Velha?
8. Quais eram os principais desafios enfrentados pelo Brasil no cenário internacional durante esse período?
9. Qual foi o impacto da Primeira Guerra Mundial na economia brasileira durante a República Velha?
10. Como a República Velha influenciou a construção da identidade nacional brasileira? Perguntas Subjetivas:
11. Qual você acha que foi o legado mais significativo deixado pela República Velha na política brasileira contemporânea?
12. Como você acredita que os movimentos sociais e políticos durante a República Velha contribuíram para moldar a sociedade brasileira atual?
13. Na sua opinião, quais foram os principais erros e acertos dos governos da República Velha em lidar com os desafios sociais e econômicos do período?
Introdução
A Primeira República no Brasil, também conhecida como República Velha, marcou um período de profundas transformações sociais, econômicas e políticas. Um dos aspectos mais significativos desse período foi o processo de industrialização e urbanização que começou a se desenvolver no país. Este texto tem como objetivo explorar as nuances dessas transformações, analisando os principais fatores que impulsionaram a industrialização e urbanização durante a Primeira República.
Contexto Histórico
A Primeira República Brasileira teve início em 1889, com a proclamação da República, e se estendeu até 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder. Durante esse período, o Brasil passou por uma série de mudanças políticas, sociais e econômicas, marcadas por uma série de contradições e conflitos.
A economia brasileira durante a Primeira República era predominantemente agrária, baseada na produção de café, açúcar e borracha. No entanto, a partir do final do século XIX, começaram a surgir os primeiros sinais de industrialização, especialmente nas regiões sul e sudeste do país. Esse processo foi impulsionado por diversos fatores, como a chegada de imigrantes europeus, a expansão do mercado interno e as políticas de incentivo ao desenvolvimento industrial.
Industrialização na Primeira República
A industrialização no Brasil durante a Primeira República foi um processo gradual e desigual, marcado por avanços e retrocessos. As primeiras indústrias surgiram principalmente nas áreas urbanas, especialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Essas indústrias estavam voltadas principalmente para a produção de bens de consumo, como tecidos, calçados, alimentos e produtos químicos.
Um dos principais fatores que impulsionaram a industrialização durante a Primeira República foi a chegada de imigrantes europeus. Milhares de italianos, alemães, espanhóis e outros grupos étnicos migraram para o Brasil em busca de oportunidades de trabalho nas fábricas e nas plantações. Esses imigrantes contribuíram para o crescimento da força de trabalho industrial e trouxeram consigo novas técnicas e tecnologias de produção.
Além disso, o aumento da demanda por produtos industrializados dentro do próprio país também impulsionou o crescimento da indústria durante a Primeira República. Com o fim da escravidão e o crescimento da população urbana, houve uma maior disponibilidade de mão de obra assalariada, o que facilitou a expansão das fábricas e das indústrias.
No entanto, é importante ressaltar que a industrialização durante a Primeira República foi marcada por uma série de desafios e contradições. Muitas das indústrias brasileiras eram de pequeno porte e enfrentavam dificuldades para competir com os produtos importados, especialmente os fabricados na Europa e nos Estados Unidos. Além disso, a falta de infraestrutura e de investimentos em educação e tecnologia também limitava o crescimento do setor industrial.
Urbanização na Primeira República
O processo de urbanização durante a Primeira República foi intimamente relacionado com o processo de industrialização. À medida que as indústrias se desenvolviam nas áreas urbanas, houve um aumento significativo na população das cidades, especialmente nas regiões sul e sudeste do país.
As cidades brasileiras durante a Primeira República eram caracterizadas por uma série de problemas sociais e urbanos, como a falta de moradia, saneamento básico precário, doenças e violência. Muitos dos novos imigrantes e trabalhadores rurais que migraram para as cidades em busca de trabalho acabaram vivendo em condições de extrema pobreza, em cortiços e favelas.
No entanto, apesar dos desafios, as cidades brasileiras também foram palco de importantes transformações culturais e sociais durante a Primeira República. O crescimento da classe trabalhadora urbana contribuiu para o surgimento de movimentos sociais e políticos, como o anarquismo e o sindicalismo, que lutavam por melhores condições de trabalho e por direitos trabalhistas.
Além disso, as cidades também foram o centro de atividades culturais e intelectuais durante a Primeira República, com o surgimento de novas formas de arte, literatura e música. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi palco do surgimento do samba e de outras manifestações culturais que se tornariam símbolos da identidade brasileira.
Conclusão
A industrialização e urbanização na Primeira República Brasileira foram processos complexos e multifacetados, marcados por avanços e retrocessos. Apesar dos desafios e das contradições, essas transformações tiveram um impacto profundo na sociedade brasileira, moldando as estruturas econômicas, políticas e sociais do país.
O processo de industrialização trouxe consigo mudanças significativas na estrutura da economia brasileira, reduzindo a dependência do país em relação à produção agrícola e estimulando o crescimento de novos setores industriais. Ao mesmo tempo, a urbanização transformou o perfil demográfico e cultural das cidades brasileiras, criando novas formas de identidade e pertencimento.
No entanto, é importante reconhecer que essas transformações também geraram desigualdades e injustiças sociais, especialmente para os trabalhadores urbanos e os mais pobres. Durante a Primeira República, muitos dos problemas sociais e urbanos que enfrentamos ainda hoje, como a falta de moradia e o desemprego, tiveram suas raízes profundas nesse período.
Portanto, ao analisar o processo de industrialização e urbanização na Primeira República Brasileira, é fundamental reconhecer não apenas os avanços e conquistas, mas também os desafios e as contradições que marcaram esse período crucial da história do Brasil.
Perguntas sobre o texto:
1. Quais foram os principais fatores que impulsionaram a industrialização durante a Primeira República no Brasil?
2. Onde surgiram as primeiras indústrias durante esse período?
3. Qual foi o papel dos imigrantes europeus no processo de industrialização brasileiro?
4. Quais foram os principais desafios enfrentados pelas indústrias brasileiras durante a Primeira República?
5. Como o processo de industrialização se relacionou com o processo de urbanização no Brasil?
6. Quais eram os principais problemas sociais e urbanos enfrentados pelas cidades brasileiras durante a Primeira República?
7. Que tipo de transformações culturais e sociais ocorreram nas cidades brasileiras durante esse período?
8. Como as condições de vida dos trabalhadores urbanos eram durante a Primeira República?
9. Quais foram as principais manifestações políticas e sociais que surgiram nas cidades brasileiras durante esse período?
10. Quais foram os impactos mais significativos da industrialização e urbanização na sociedade brasileira durante a Primeira República?
Perguntas subjetivas:
11. Qual você acredita ser o legado mais importante da Primeira República Brasileira no que diz respeito à industrialização e urbanização?
12. Como você vê a relação entre os avanços econômicos e as desigualdades sociais durante esse período?
13. De que forma as transformações culturais e sociais ocorridas nas cidades brasileiras durante a Primeira República ainda influenciam a identidade nacional hoje?
Verdadeiro ou falso:
1. ( ) Durante a Primeira República, a economia brasileira era predominantemente industrial.
2. ( ) A chegada de imigrantes europeus foi um dos fatores que impulsionaram a industrialização no Brasil.
3. ( ) As primeiras indústrias brasileiras surgiram principalmente nas áreas rurais.
4. ( ) O processo de urbanização no Brasil durante a Primeira República não teve relação com o processo de industrialização.
5. ( ) As cidades brasileiras durante a Primeira República eram caracterizadas por uma excelente infraestrutura urbana.
6. ( ) Os problemas sociais enfrentados pelas cidades brasileiras durante a Primeira República eram inexistentes.
A transição do Brasil para o regime republicano trouxe consigo expectativas e desafios significativos para a população negra, que acabara de conquistar sua liberdade formal com a abolição da escravidão em 1888. No entanto, a mera abolição não garantiu a igualdade de direitos e oportunidades para os afro-brasileiros, e o período republicano testemunhou uma série de lutas e contradições em relação à sua inserção na sociedade.
A promulgação da Lei Áurea foi um marco crucial na história do Brasil, representando o fim oficial da escravidão. No entanto, a transição para a república não foi acompanhada por uma transformação imediata na condição social e econômica dos negros libertos. A abolição, de fato, deixou muitos ex-escravizados em uma situação de vulnerabilidade, sem acesso à terra, educação ou emprego digno.
Durante o período republicano inicial, as elites dominantes frequentemente negligenciavam as demandas por igualdade racial. O racismo estrutural persistiu, perpetuando a exclusão dos negros dos espaços de poder e decisão. As leis de imigração que favoreciam a chegada de trabalhadores europeus contribuíram para a marginalização econômica dos afro-brasileiros, relegando-os a empregos mal remunerados e condições de vida precárias.
Apesar das dificuldades, a população negra não permaneceu passiva diante das injustiças. Movimentos sociais e políticos surgiram em todo o país, lutando por direitos civis, igualdade racial e inclusão social. Lideranças como Luiz Gama, Abdias do Nascimento e Carolina Maria de Jesus emergiram como vozes importantes na denúncia do racismo e na promoção da consciência negra.
A questão da inserção dos negros no período republicano também se refletiu nas políticas governamentais. Iniciativas como a "política do branqueamento" buscaram diluir a população negra através da miscigenação, enquanto programas de educação e assistência social eram frequentemente direcionados de forma desigual, perpetuando disparidades raciais.
Ao longo do século XX, houve avanços significativos na luta pelos direitos dos afro- brasileiros. A criação de cotas raciais em universidades e concursos públicos, por exemplo, representou um passo importante na promoção da igualdade de oportunidades. Movimentos como o Movimento Negro Unificado e a criação do Dia da Consciência Negra também contribuíram para elevar a conscientização sobre as questões raciais no Brasil.
No entanto, apesar desses avanços, a desigualdade racial continua sendo uma realidade persistente no Brasil contemporâneo. A população negra ainda enfrenta discriminação no mercado de trabalho, acesso limitado à educação de qualidade e maior exposição à violência e pobreza. A representação política também permanece desproporcional, com uma sub-representação significativa de afro-brasileiros nos cargos de poder.
Em resumo, a questão da inserção dos negros no período republicano do pós-abolição é um tema complexo e multifacetado, que reflete as profundas desigualdades e injustiças presentes na sociedade brasileira. Embora tenha havido avanços ao longo do tempo, a luta pela igualdade racial ainda está longe de ser concluída, exigindo um compromisso contínuo com a justiça social e a inclusão.
Perguntas sobre o Texto:
1. Quais foram os principais desafios enfrentados pelos negros após a abolição da escravidão?
2. Como o racismo estrutural afetou a inserção dos negros na sociedade brasileira durante o período republicano?
3. Quais foram algumas das lideranças importantes na luta pelos direitos dos afro-brasileiros durante o período republicano?
4. Como as políticas governamentais influenciaram a inserção dos negros na sociedade brasileira?
5. Quais foram os avanços significativos na luta pelos direitos dos afro-brasileiros ao longo do século XX?
6. Por que a desigualdade racial ainda persiste no Brasil contemporâneo?
7. Quais foram algumas das iniciativas para promover a igualdade de oportunidades para os afro- brasileiros?
8. Como o movimento negro contribuiu para elevar a conscientização sobre as questões raciais no Brasil?
9. Quais foram os impactos da "política do branqueamento" na população negra?
10. Como a representação política dos afro-brasileiros mudou ao longo do tempo?
Perguntas Subjetivas:
11. Na sua opinião, quais são os principais obstáculos que impedem a conquista da igualdade racial no Brasil?
12. Qual papel você acha que a educação desempenha na promoção da inclusão e da igualdade para os afro-brasileiros?
O período entre 1900 e 1930 foi marcado por intensas transformações na vida cultural do Brasil, impulsionadas por contestações e dinâmicas sociais, políticas e econômicas. Nesse contexto, dois elementos se destacam pela sua relevância e impacto: o anarquismo e o protagonismo feminino.
O anarquismo emergiu como uma poderosa força contestatória, trazendo consigo ideias de liberdade individual, igualdade social e a abolição do Estado. No Brasil, o anarquismo encontrou solo fértil para se desenvolver, principalmente entre os imigrantes europeus que buscavam melhores condições de vida nas grandes cidades. Esses imigrantes, muitos deles italianos e espanhóis, trouxeram consigo ideais libertários e se organizaram em sindicatos, jornais e associações para promover suas ideias e lutar por melhores condições de trabalho e vida.
O anarquismo no Brasil não se limitou apenas às questões trabalhistas, mas também se estendeu a outras esferas da vida cultural, como a educação e a cultura. Escolas libertárias foram criadas, nas quais se buscava uma educação mais autônoma e emancipadora, distante dos moldes tradicionais e autoritários. Além disso, o anarquismo influenciou fortemente o cenário cultural, com a produção de literatura, teatro, música e artes visuais que refletiam os ideais libertários e contestatórios desse movimento.
Paralelamente ao anarquismo, o período entre 1900 e 1930 também foi marcado pelo crescente protagonismo feminino na vida cultural brasileira. Mulheres de diversas origens e classes sociais começaram a se organizar e reivindicar seus direitos, rompendo com os padrões tradicionais de submissão e invisibilidade. O movimento feminista ganhou força, com a criação de associações, jornais e revistas voltados para a defesa dos direitos das mulheres e a promoção de debates sobre questões como o direito ao voto, o acesso à educação e o controle sobre seus corpos.
O protagonismo feminino na vida cultural também se manifestou na produção artística e intelectual das mulheres. Escritoras, artistas plásticas, atrizes e músicas começaram a conquistar espaço e visibilidade, trazendo para o centro do debate temas até então marginalizados, como a sexualidade feminina, a violência de gênero e a igualdade de direitos. Mulheres como Pagu, Patrícia Galvão, Tarsila do Amaral e Chiquinha Gonzaga se destacaram nesse período, deixando um legado importante para a história cultural do Brasil.
No entanto, apesar dos avanços conquistados pelo anarquismo e pelo protagonismo feminino, esses movimentos também enfrentaram uma série de desafios e resistências. O Estado e as elites dominantes viam com desconfiança e hostilidade as ideias anarquistas e as reivindicações feministas, e frequentemente reprimiam esses movimentos com violência e perseguição. Além disso, dentro dos próprios movimentos, surgiam divisões e conflitos, muitas vezes relacionados a questões de classe, raça e orientação política.
Em suma, o período entre 1900 e 1930 foi marcado por intensas contestações e dinâmicas na vida cultural do Brasil, impulsionadas pelo anarquismo e pelo protagonismo feminino. Esses movimentos trouxeram novas ideias, práticas e formas de organização, que deixaram um legado importante para as lutas sociais e políticas que viriam a seguir.
Perguntas sobre o texto:
1. Qual foi o papel do anarquismo na vida cultural do Brasil entre 1900 e 1930?
2. Quais foram as principais manifestações do protagonismo feminino nesse período?
3. Por que o anarquismo encontrou solo fértil para se desenvolver no Brasil?
4. Como o anarquismo influenciou a educação e a cultura no Brasil?
5. Quais foram os principais desafios enfrentados pelo protagonismo feminino nesse período?
6. Quais foram as principais formas de resistência enfrentadas pelos movimentos anarquistas e feministas?
7. Quem eram algumas das mulheres que se destacaram na vida cultural brasileira entre 1900 e 1930?
8. Como as elites dominantes e o Estado reagiram aos movimentos anarquistas e feministas?
9. Quais foram os temas abordados pela produção artística e intelectual das mulheres nesse período?
10. Qual foi o legado deixado pelo anarquismo e pelo protagonismo feminino para a história cultural do Brasil?
**Perguntas subjetivas:**
11. Em sua opinião, qual foi o papel mais significativo desempenhado pelo anarquismo na vida cultural do Brasil nesse período?
12. Como você acha que o protagonismo feminino influenciou as lutas sociais e políticas no Brasil após 1930?
A Primeira Guerra Mundial, também conhecida como a Grande Guerra, foi um conflito global que eclodiu em 1914 e durou até 1918. Este conflito envolveu as principais potências mundiais da época, incluindo as nações da Tríplice Entente (França, Reino Unido, Rússia e mais tarde os Estados Unidos) e as Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e outras). A guerra foi desencadeada por uma série de complexos fatores, incluindo rivalidades territoriais, nacionalismos exacerbados, alianças secretas e militarismo crescente.
Uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial foi o sistema de alianças que se formou entre as grandes potências europeias. As alianças, como a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança, tornaram o continente um barril de pólvora, onde um conflito local poderia rapidamente se transformar em um conflito generalizado. O assassinato do arquiduque Franz Ferdinand da Áustria- Hungria em Sarajevo, em junho de 1914, foi o estopim que desencadeou o conflito, levando à declaração de guerra entre várias nações europeias.
A guerra foi marcada por uma série de inovações tecnológicas e táticas militares que a tornaram excepcionalmente brutal. Pela primeira vez, armas como metralhadoras, tanques, submarinos e aeronaves foram usadas em grande escala, causando enormes perdas humanas e transformando a paisagem da guerra. As batalhas de trincheiras, como a Batalha do Somme e a Batalha de Verdun, se tornaram símbolos da carnificina e do impasse que caracterizaram grande parte do conflito.
Além das batalhas em terra, a Primeira Guerra Mundial também viu o uso generalizado de guerra naval, com confrontos importantes ocorrendo no Atlântico e no Mar do Norte. O bloqueio naval imposto pela Marinha Britânica teve um impacto significativo na economia e na capacidade de guerra da Alemanha, levando a uma guerra submarina irrestrita por parte dos alemães, que, por sua vez, desencadeou uma série de crises diplomáticas e aumentou a tensão entre as nações envolvidas.
A guerra teve enormes consequências sociais, econômicas e políticas. Milhões de pessoas perderam a vida, tanto em combate quanto como resultado de doenças, fome e deslocamento. As economias foram devastadas, com muitos países enfrentando inflação galopante e escassez de recursos. As fronteiras foram redesenhadas após a guerra, com o desmembramento de impérios multiétnicos como o Austro-Húngaro e o Otomano, e o surgimento de novos estados na Europa Oriental.
O Tratado de Versalhes, assinado em 1919, foi o acordo de paz que formalmente encerrou a Primeira Guerra Mundial. No entanto, as condições impostas à Alemanha foram severas, incluindo a aceitação de total responsabilidade pelo conflito, pesadas reparações financeiras e restrições militares. Essas condições alimentaram ressentimentos e instabilidade na Alemanha, contribuindo para o surgimento do nazismo e, eventualmente, para a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial marcou um ponto de viragem na história mundial. Ela desencadeou uma série de mudanças políticas, sociais e econômicas que moldaram o século XX e ainda têm repercussões até os dias de hoje. O conflito também lançou as bases para o desenvolvimento de organizações internacionais como a Liga das Nações, precursora da atual Organização das Nações Unidas, na tentativa de prevenir futuros conflitos globais.
EXERCÍCIO
1. Quais foram as principais potências envolvidas na Primeira Guerra Mundial?
2. Qual foi o evento que desencadeou o início da guerra?
3. Quais foram algumas das inovações tecnológicas utilizadas durante o conflito?
4. O que foram as batalhas de trincheiras e por que elas se tornaram tão emblemáticas da guerra?
5. Além das batalhas em terra, que outro tipo de conflito foi significativo durante a Primeira Guerra Mundial?
6. Qual foi o impacto do bloqueio naval imposto pela Marinha Britânica?
7. Como o Tratado de Versalhes afetou a Alemanha?
8. Que tipo de mudanças políticas, sociais e econômicas ocorreram como resultado da Primeira Guerra Mundial?
9. Qual foi o papel da Liga das Nações após o término do conflito?
10. Como a Primeira Guerra Mundial influenciou o desenvolvimento de organizações internacionais?
Perguntas subjetivas
11. Qual você acha que foi o aspecto mais trágico da Primeira Guerra Mundial e por quê?
12. Como você acha que a história teria sido diferente se a Primeira Guerra Mundial não tivesse ocorrido?
A Revolução Russa, um dos eventos mais significativos do século XX, teve um impacto profundo não apenas na Rússia, mas também no cenário mundial. Ocorrida em 1917, esta revolução mudou completamente o curso da história russa e marcou o fim de séculos de domínio imperial.
A Rússia, no início do século XX, era uma potência em rápido desenvolvimento, mas estava repleta de contradições sociais e políticas. A monarquia czarista, liderada pelo czar Nicolau II, enfrentava crescente descontentamento entre as massas populares, devido à pobreza generalizada, à falta de direitos políticos e às condições de trabalho precárias. Enquanto isso, a Primeira Guerra Mundial exacerbava ainda mais essas tensões, colocando uma carga insuportável sobre o povo russo.
A Revolução de 1905, embora tenha resultado em algumas reformas limitadas, não conseguiu resolver os problemas fundamentais da sociedade russa. Assim, em fevereiro de 1917, uma série de greves e protestos eclodiram em Petrogrado (hoje São Petersburgo), desencadeando a Revolução de Fevereiro. Este movimento culminou na abdicação de Nicolau II e no estabelecimento de um governo provisório liderado pelo príncipe Lvov.
No entanto, o governo provisório enfrentou desafios imediatos. A guerra continuava a desgastar o país, a economia estava em ruínas e as promessas de reforma não eram suficientes para satisfazer as demandas das massas. Enquanto isso, os sovietes, conselhos de trabalhadores e soldados, ganhavam cada vez mais influência, desafiando a autoridade do governo provisório.
A situação política se agravou em outubro de 1917, quando os bolcheviques, liderados por Vladimir Lênin, realizaram um golpe de Estado bem-sucedido, conhecido como a Revolução de Outubro. Com o apoio dos sovietes, os bolcheviques assumiram o controle do governo, estabelecendo o primeiro Estado socialista do mundo.
A ascensão dos bolcheviques ao poder inaugurou uma era de mudanças radicais na Rússia. Lênin e seus seguidores implementaram uma série de reformas socialistas, incluindo a nacionalização da indústria e a distribuição de terras aos camponeses. Além disso, o novo governo iniciou negociações de paz com a Alemanha, pondo fim à participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial.
No entanto, a Revolução Russa também trouxe consigo uma brutal guerra civil, que durou de 1917 a 1922. Os bolcheviques enfrentaram oposição de uma variedade de grupos, incluindo os Brancos (monarquistas, liberais e nacionalistas) e as potências estrangeiras que temiam a disseminação do comunismo. A guerra civil foi marcada por violência generalizada e repressão política, causando a morte de milhões de pessoas e deixando o país em ruínas.
Apesar das dificuldades, os bolcheviques emergiram vitoriosos da guerra civil, consolidando seu controle sobre a Rússia e estabelecendo o Partido Comunista como a única força política dominante. Sob o governo de Lênin e, posteriormente, de Josef Stalin, a União Soviética passou por uma rápida industrialização e coletivização agrícola, transformando-se em uma potência mundial.
No entanto, a Revolução Russa também deixou um legado controverso. Embora tenha promovido a igualdade social e econômica em alguns aspectos, também resultou em um regime autoritário e repressivo, marcado por violações dos direitos humanos e perseguição política. Além
disso, a divisão ideológica entre o leste e o oeste que surgiu após a revolução moldou as relações internacionais por décadas, culminando na Guerra Fria.
A Revolução Russa, portanto, continua a ser um tema de intenso debate e análise, com suas ramificações históricas ainda reverberando nos dias de hoje.
EXERCÍCIO
1. Qual foi o principal fator desencadeador da Revolução Russa de 1917?
2. Quem liderou o governo provisório após a abdicação do czar Nicolau II?
3. O que eram os sovietes e qual era seu papel durante a Revolução Russa?
4. Como os bolcheviques chegaram ao poder em outubro de 1917?
5. Quais foram algumas das reformas implementadas pelos bolcheviques após a Revolução Russa?
6. Quais foram as principais facções envolvidas na guerra civil que se seguiu à Revolução Russa?
7. Quem emergiu como vencedor da guerra civil e como isso afetou o futuro político da Rússia?
8. Quais foram algumas das consequências da Revolução Russa em termos de relações internacionais?
9. Como a Revolução Russa influenciou a formação da União Soviética?
10. Quais foram os principais pontos positivos e negativos da Revolução Russa, de acordo com o texto?
Perguntas subjetivas
11. Você acredita que a Revolução Russa foi um evento essencialmente positivo ou negativo para a Rússia e para o mundo?
12. Como você acha que a Revolução Russa moldou a política e a sociedade contemporâneas?
A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República, no dia 15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã do dia citado quando os militares liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Na sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro, proclamou a República.
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes militares, é conhecido como República da Espada.
Presidentes da República Velha
Ao todo, a República Velha estendeu-se de 1889 a 1930 e contou com treze presidentes que assumiram funções. Ao longo desse período, também aconteceu de dois presidentes eleitos não terem assumido a função, por motivos de saúde ou políticos. Os presidentes do período foram:
1. Deodoro da Fonseca (1889-1891);
2. Floriano Peixoto (1891-1894);
3. Prudente de Morais (1894-1898); 4. Campos Sales (1898-1902);
5. Rodrigues Alves (1902-1906); 6. Afonso Pena (1906-1909);
7. Nilo Peçanha (1909-1910)
8. Hermes da Fonseca (1910-1914);
9. Venceslau Brás (1914-1918);
10. Delfim Moreira (1918-1919);
11. Epitácio Pessoa (1919-1922);
12. Artur Bernardes (1922-1926);
13. Washington Luís (1926-1930).
Os dois presidentes que foram eleitos e não assumiram foram Rodrigues Alves (segundo mandato) e Júlio Prestes. Rodrigues foi eleito para um segundo mandato em 1918, mas, antes de assumir, faleceu por conta da gripe espanhola. Seu vice, então, assumiu, para que uma nova eleição fosse marcada (e nela Epitácio Pessoa foi eleito). Já Júlio Prestes foi impedido de assumir a presidência por conta da Revolução de 1930.
Características
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhece é o domínio que as oligarquias exerciam no país. As oligarquias eram pequenos grupos (a maioria deles era associada com a agricultura e pecuária) que detinham grande poderio econômico e
político. O controle das oligarquias no Brasil dava-se por meio de práticas conhecidas como mandonismo, coronelismo e clientelismo.
Vejamos uma definição simples a respeito de cada um desses conceitos:
Mandonismo: é o nome que se dá para o controle exercido por determinadas pessoas, sobre outras, por possuírem uma grande posse de terra. No caso da República Velha, os grandes proprietários exerciam influência sobre a população local.
Coronelismo: prática em que o coronel (grande proprietário de terra) exercia seu domínio sobre as populações locais, de forma a conquistar os votos que eram necessários para atender os interesses da oligarquia estabelecida e do Governo Federal. A conquista do voto da população local acontecia, por exemplo, por meio da distribuição de cargos públicos que estavam sob controle do coronel ou também pela intimidação.
Clientelismo: é a troca de favores que é praticada entre dois atores politicamente desiguais. Essa prática não precisa da figura do coronel para acontecer, pois toda entidade politicamente superior que realiza um favor a outra política inferior, em troca de um benefício, está praticando o clientelismo.
Outro ponto importante sobre a Primeira República é o que diz respeito a duas práticas bastante conhecidas: a política do café com leite e a política dos governadores, dois mecanismos que davam sustentação ao domínio político das oligarquias.
Política dos governadores
A política dos governadores (ou política dos estados) foi criada durante o governo de Campos Sales e estruturou o funcionamento de toda a política brasileira durante o período da República Velha. Sua atuação foi responsável por consolidar uma aliança entre Executivo e Legislativo ao longo da República Velha.
Nessa política, o Governo Federal dava seu apoio para a oligarquia mais poderosa de cada estado como forma de reduzir as disputas locais entre diferentes oligarquias. Em troca do apoio, as oligarquias tinham como dever eleger deputados e orientá-los a apoiar as pautas do Executivo no Legislativo.
Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os deputados da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de poder local, utilizava-se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que os eleitores votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou conhecida como “voto de cabresto”.
Os coronéis, por sua vez, não obtinham a quantidade de votos desejados somente pela
intimidação mas também por meio da manipulação eleitoral. Duas práticas muito comuns eram: utilizar o registro de pessoas mortas (para que uma mesma pessoa pudesse votar diversas vezes) e manipular as atas eleitorais.
Política do café com leite
A política do café com leite é um dos conceitos mais conhecidos desse período e faz referência ao acordo que existia entre as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. Esse acordo estipulava que as oligarquias citadas revezariam os candidatos que concorreriam à presidência.
Um ponto importante a respeito da política do café com leite é que os historiadores têm apontado limites para seu uso, uma vez que a atuação dessa prática de revezamento não se estendeu por toda a República Velha, já que representantes de outras oligarquias também foram eleitos no curso desse período.
Características socioeconômicas
A República Velha foi um período em que o Brasil esboçou um desenvolvimento industrial, mesmo que bastante tímido. Os reflexos do desenvolvimento industrial do país deram-se de maneira concentrada, destacando-se principalmente a cidade de São Paulo, que teve um grande salto populacional no período.
O desenvolvimento industrial e urbano que aconteceu em partes do Brasil levou ao desenvolvimento de um movimento operário, que teve atuação destacada no final da década de 1910. Apesar do desenvolvimento de uma indústria embrionária no país, a nossa economia permaneceu extremamente dependente da exportação de café e assim ficou até a década de 1950.
Revoltas
Quando o assunto é sobre os direitos sociais, a República Velha é marcada como um período em que esses direitos foram bastante desrespeitados. O desrespeitos aos direitos sociais e a existência de uma desigualdade evidente fizeram com que esse período também fosse de luta para muitos que buscavam uma condição de vida mais digna e que estavam insatisfeitos com as ações praticadas pelos governos.
Existe, inclusive, uma frase que geralmente é atribuída ao presidente Washington Luís e que dá o tom da forma como a questão era tratada na República Velha. A suposta frase dita pelo presidente foi: “Questão social é caso de polícia.” As tensões existentes resultaram em diversas revoltas, como:
1. Guerra de Canudos;
2. Revolta da Armada;
3. Revolta da Vacina;
4. Revolta da Chibata;
5. Guerra do Contestado;
6. Revolta do Forte de Copacabana;
7. Revolta Paulista de 1924;
8. Coluna Prestes.
Fim da República Velha
Getúlio Vargas e militares aliados durante a Revolução de 1930.[2]
A política da República Velha entrou em crise porque a estrutura política que sustentava as oligarquias no poder começou a ruir. A decadência da política da República Velha está relacionada com as disputas pelo poder entre as oligarquias e com o surgimento de movimentos de oposição, que lutavam por impor uma alternativa ao modelo oligárquico.
Diretamente, o fim da República Velha está atrelado com a disputa na eleição presidencial de 1930. Nessa disputa, paulistas e mineiros romperam com seu acordo, pois os primeiros não queriam realizar o revezamento, conforme estipulava a política do café com leite. Sendo assim, os paulistas lançaram Júlio Prestes, e os mineiros aliaram-se com outras oligarquias e lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência.
Após serem derrotados, a chapa de Vargas — chamada Aliança Liberal — rebelou-se quando o vice de Vargas, chamado João Pessoa, foi assassinado. O assassinato de João Pessoa não teve relações com a disputa eleitoral daquele ano, mas foi utilizado como justificativa para o levante contra o presidente Washington Luís.
O resultado dessa revolta, conhecida como Revolução de 1930, foi a derrubada do presidente Washington Luís em outubro de 1930 e o impedimento de que Júlio Prestes assumisse a presidência. No mês seguinte, Getúlio Vargas assumia como presidente provisório do Brasil e iniciava um mandato que se estenderia por quinze anos."