3º BIMESTRE

ASSUNTOS DE ESTUDOS AMAZÔNICOS – 4º BIMESTRE.

8º ANO

1.      Capital e devastação na Amazônia

2.      As faces da agricultura na Amazônia: famílias, intensiva (agro)/extensiva

3.      Indústria-pecuária, extrativismo na Amazônia

4.      Civismo

5.      Questões ambientais da Amazônia

6.      Cultura amazônica: contos, lendas, mitos e danças.

9º ANO

1.      Características do solo da Amazônia e os tipos de solos conforme o relevo.

2.      A pesca na Amazônia e os cuidados com o meio ambiente quanto ao defeso e pesca predatória.

3.      O arco do desmatamento.

4.      Civismo

5.      Cultura amazônica: contos, lendas, mitos e danças.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 1: Capital e Devastação na Amazônia

Objetivo (BNCC - EF08GE02 / EF08GE03 / EF08GE05):
Compreender as transformações territoriais e ambientais na Amazônia causadas pela atuação do capital, reconhecendo os impactos da exploração econômica e a importância da preservação socioambiental.

Texto: Capital e Devastação na Amazônia

A Amazônia é uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta. Sua importância vai além da floresta: ela abriga populações tradicionais, como indígenas, ribeirinhos e quilombolas, que convivem com a natureza de forma sustentável. No entanto, a floresta tem sofrido diversas formas de exploração provocadas por interesses econômicos ligados ao capital nacional e internacional.

Desde a década de 1970, o governo federal promoveu grandes projetos para integrar a Amazônia ao restante do país. Rodovias, mineração, agropecuária e hidrelétricas se tornaram instrumentos para a ocupação da região. Essa expansão do capital transformou significativamente o território, mas trouxe também sérios impactos ambientais e sociais, como o desmatamento e a expulsão de populações tradicionais.

O avanço do capital na Amazônia tem sido marcado pelo desmatamento de grandes áreas da floresta para a implantação de pastos e lavouras. Isso ocorre principalmente em regiões conhecidas como “arco do desmatamento”, onde a fronteira agrícola avança sobre áreas preservadas, muitas vezes de forma ilegal. A extração de madeira, a mineração e a grilagem de terras também são práticas comuns e devastadoras.

A lógica capitalista valoriza o lucro acima da preservação. Com isso, os recursos naturais da Amazônia são tratados como mercadorias. Florestas são convertidas em campos de soja, pastagens ou loteamentos. Rios são represados para a produção de energia, afetando a fauna aquática e as populações ribeirinhas. As consequências são visíveis: perda da biodiversidade, mudanças no clima e conflitos por terra.

O capital atua na Amazônia por meio de grandes empresas e fazendas, mas também por meio de pequenos produtores incentivados por políticas de ocupação territorial. A devastação não ocorre apenas por ação de multinacionais; ela é muitas vezes financiada pelo próprio Estado, que investe em infraestrutura sem respeitar a sustentabilidade e os direitos das populações locais.

Ao mesmo tempo, há resistência. Povos indígenas, organizações ambientais e comunidades locais lutam contra o avanço predatório do capital. Eles defendem o uso sustentável dos recursos e a valorização dos saberes tradicionais. Muitos projetos de agroecologia, extrativismo sustentável e ecoturismo mostram que é possível gerar renda sem destruir a floresta.

Apesar disso, os índices de devastação continuam alarmantes. Dados do INPE indicam que milhares de hectares são desmatados anualmente. O modelo de desenvolvimento imposto à Amazônia precisa ser repensado. A região não pode ser vista apenas como fornecedora de matérias-primas, mas como um território complexo, habitado por gente e repleto de saberes e riquezas naturais.

A reflexão sobre a relação entre capital e devastação na Amazônia é fundamental para que as novas gerações compreendam os desafios da sustentabilidade. Proteger a floresta não é apenas um dever local, mas um compromisso com o futuro do planeta.

Atividades:

A) Questões - Responda (5 questões)

1. Quais são as principais atividades econômicas que contribuem para a devastação da Amazônia?

2. O que significa “arco do desmatamento” e por que ele é importante na análise da destruição da floresta?

3. Como o capital atua na Amazônia? Cite pelo menos duas formas.

4. Quais são os impactos sociais do avanço econômico na região amazônica?

5. O que pode ser feito para garantir o uso sustentável da Amazônia?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. A Amazônia é considerada uma das maiores reservas de __________ do planeta.

7. A construção de __________ e hidrelétricas são exemplos de obras que contribuíram para a devastação.

8. A exploração econômica da Amazônia tem causado conflitos por __________.

9. Muitas comunidades tradicionais promovem a __________ dos recursos naturais.

10. O modelo de desenvolvimento atual da Amazônia precisa ser __________, pois causa danos ambientais e sociais.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) A mineração é uma atividade que não causa impactos ambientais significativos na Amazônia.

12. ( ) O capital transforma os recursos da floresta em mercadorias, como madeira, carne e grãos.

13. ( ) Todas as formas de exploração econômica na Amazônia são sustentáveis.

14. ( ) Populações tradicionais são frequentemente afetadas negativamente pelos grandes projetos.

15. ( ) O uso sustentável da Amazônia envolve a valorização dos saberes locais e das práticas extrativistas.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 2: As faces da agricultura na Amazônia: familiar, intensiva (agro) e extensiva

Objetivo (BNCC - EF08GE02 / EF08GE03 / EF08GE05):
Analisar as formas de uso e ocupação do território amazônico, comparando os diferentes tipos de agricultura e seus impactos socioambientais.

Texto: As diferentes faces da agricultura na Amazônia

A agricultura é uma das principais atividades econômicas praticadas na Amazônia, porém ela se apresenta de maneiras muito distintas. De um lado, temos a agricultura familiar, praticada por comunidades ribeirinhas, indígenas e pequenos produtores. De outro, o agronegócio, com lavouras extensas, mecanizadas e voltadas para exportação. Cada modelo possui impactos diferentes sobre o meio ambiente e a sociedade.

A agricultura familiar é marcada pelo uso de pequenas áreas, onde são plantados alimentos básicos como mandioca, milho, feijão, frutas e hortaliças. Essas práticas estão ligadas à tradição e ao sustento das famílias. Muitas vezes, essa produção é feita com respeito ao ritmo da natureza, aproveitando o solo de forma rotativa e utilizando técnicas como a queima controlada e o extrativismo complementar.

Já a agricultura extensiva ocupa grandes áreas, muitas vezes desmatadas, para a criação de gado ou cultivo de monoculturas como soja e milho. Esse modelo tem baixo investimento tecnológico, mas ocupa vastas porções do território. Ele costuma gerar menos empregos e mais impacto ambiental, devido ao desmatamento e à baixa recuperação do solo.

Por outro lado, a agricultura intensiva está associada ao agronegócio moderno. Ela se utiliza de alta tecnologia, como tratores, sementes geneticamente modificadas, irrigação artificial e uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos. É voltada para o mercado externo e busca alta produtividade. Embora gere lucros elevados, esse modelo traz riscos ambientais como contaminação dos rios, erosão do solo e perda da biodiversidade.

O avanço da agricultura intensiva e extensiva na Amazônia tem sido motivo de alerta entre ambientalistas e pesquisadores. O desmatamento para abrir novas lavouras ou pastagens tem ameaçado as florestas nativas e a vida de muitas comunidades. Além disso, esse tipo de produção agrava as mudanças climáticas e afeta os ciclos naturais da água e da fauna.

Enquanto isso, a agricultura familiar se mostra mais equilibrada em relação ao meio ambiente, embora enfrente dificuldades como falta de apoio técnico, baixa renda e dificuldade de acesso aos mercados. Programas de incentivo à agricultura sustentável e agroecológica têm buscado valorizar esse modelo e garantir a segurança alimentar da população local.

Os três modelos – familiar, extensiva e intensiva – convivem na Amazônia, mas em uma relação desigual. O agronegócio recebe mais investimentos e atenção do Estado, enquanto os pequenos agricultores lutam por reconhecimento e infraestrutura. Pensar a agricultura na Amazônia é também pensar em justiça social e preservação ambiental.

Portanto, é necessário refletir sobre qual agricultura queremos para o futuro da Amazônia. A valorização do conhecimento tradicional e das práticas sustentáveis pode garantir alimento, renda e floresta em pé.

Atividades:

A) Questões - Responda (5 questões)

1. Quais são as principais características da agricultura familiar na Amazônia?

2. Como se diferencia a agricultura extensiva da agricultura intensiva?

3. Quais os impactos ambientais do agronegócio na Amazônia?

4. Por que a agricultura familiar enfrenta mais dificuldades em comparação ao agronegócio?

5. Qual é a importância de promover a agricultura sustentável na região amazônica?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. A agricultura __________ é praticada em pequenas propriedades e visa o sustento da família.

7. A agricultura __________ utiliza tecnologia moderna, agrotóxicos e é voltada para o mercado externo.

8. A agricultura __________ ocupa grandes áreas com pouca tecnologia e uso intensivo do solo.

9. O avanço do agronegócio está ligado ao aumento do __________ na floresta amazônica.

10. A agricultura sustentável busca equilibrar produção de alimentos e __________ do meio ambiente.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) A agricultura familiar contribui para o desmatamento em larga escala da Amazônia.

12. ( ) O modelo intensivo de agricultura pode contaminar os rios com uso excessivo de agrotóxicos.

13. ( ) A agricultura extensiva é mais produtiva por hectare do que a agricultura intensiva.

14. ( ) A agricultura familiar tem maior apoio do Estado do que o agronegócio.

15. ( ) A convivência entre diferentes modelos agrícolas na Amazônia exige políticas públicas justas.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 3: Indústria, pecuária e extrativismo na Amazônia

Objetivo (BNCC - EF08GE02 / EF08GE03 / EF08GE05):
Analisar as atividades econômicas desenvolvidas na Amazônia, como indústria, pecuária e extrativismo, identificando seus impactos sociais e ambientais e sua importância na organização territorial.

Texto: Indústria, Pecuária e Extrativismo na Amazônia

A Amazônia brasileira abriga uma grande diversidade de atividades econômicas, entre elas destacam-se a indústria, a pecuária e o extrativismo. Cada uma dessas atividades possui características próprias, sendo praticadas em diferentes regiões e com variados impactos sociais e ambientais.

A indústria na Amazônia é concentrada principalmente nas cidades maiores, como Manaus e Belém. Um exemplo é a Zona Franca de Manaus, criada para atrair empresas com isenção de impostos. Ela concentra indústrias de eletrônicos, motocicletas e eletrodomésticos, gerando empregos e movimentando a economia. No entanto, a produção industrial nessa região depende fortemente de transporte fluvial e aéreo, o que encarece os custos e dificulta a expansão para o interior.

A pecuária, por sua vez, tem crescido principalmente nas bordas da floresta, onde o desmatamento transforma a vegetação em pastagens. Essa atividade é impulsionada pela demanda de carne bovina no Brasil e no exterior. Apesar de gerar renda, a pecuária extensiva causa sérios danos ambientais, como a compactação do solo, o uso excessivo de água e a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global.

O extrativismo é uma atividade tradicional da Amazônia, praticada por comunidades ribeirinhas, indígenas e seringueiros. Ele consiste na retirada de produtos da floresta sem destruí-la, como castanha-do-pará, açaí, látex, óleos vegetais, andiroba e copaíba. Quando feito de forma sustentável, o extrativismo é uma alternativa econômica que preserva a floresta e valoriza os conhecimentos locais.

Entretanto, o extrativismo enfrenta vários desafios. A ausência de políticas públicas eficientes, a dificuldade de escoar os produtos e a competição com atividades predatórias colocam em risco essa prática. Muitas vezes, os extrativistas vendem seus produtos por preços baixos, enquanto os atravessadores e as indústrias lucram mais.

A presença das atividades industriais e agropecuárias, em muitos casos, avança sobre as áreas de extrativismo, ameaçando o modo de vida tradicional de várias comunidades. O conflito entre modelos econômicos industriais e tradicionais é um dos grandes desafios do desenvolvimento amazônico.

Além disso, tanto a pecuária quanto a indústria podem provocar impactos ambientais graves, como a poluição dos rios, o desmatamento e a emissão de gases poluentes. Por isso, cresce a necessidade de adotar modelos produtivos mais equilibrados e sustentáveis, que respeitem os ecossistemas e as populações locais.

A valorização do extrativismo sustentável e o planejamento das atividades econômicas são passos importantes para garantir um desenvolvimento que respeite a floresta e quem nela vive. A Amazônia pode produzir riqueza sem ser destruída.

Atividades:

A) Questões - Responda (5 questões)

1. O que é a Zona Franca de Manaus e qual sua função?

2. Quais são os principais problemas causados pela pecuária na Amazônia?

3. O que caracteriza o extrativismo sustentável?

4. Por que o extrativismo enfrenta dificuldades econômicas e logísticas?

5. Como a indústria e a pecuária impactam as áreas extrativistas?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. A Zona Franca de __________ atrai indústrias com incentivos fiscais.

7. A criação de gado contribui para o __________ da floresta amazônica.

8. A castanha-do-pará e o açaí são produtos típicos do __________.

9. O extrativismo valoriza os saberes das comunidades __________.

10. A poluição e o desmatamento são causados por atividades __________ mal planejadas.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) A indústria na Amazônia é fortemente presente no interior da floresta.

12. ( ) A pecuária extensiva pode causar danos ao solo e ao clima.

13. ( ) O extrativismo sempre provoca desmatamento intenso.

14. ( ) A venda dos produtos extrativistas é muitas vezes controlada por atravessadores.

15. ( ) É possível desenvolver a economia amazônica de forma sustentável.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 4: Civismo Brasileiro – Conceito e Símbolos

Objetivo (BNCC - EF08HI07 / EF08HI08 / EF08EF15):
Reconhecer os símbolos nacionais e compreender o conceito de civismo como forma de valorização da cidadania, da história do Brasil e do respeito às instituições e tradições do país.

Texto: Civismo Brasileiro – Conceito e Símbolos

O civismo é o sentimento de respeito, amor e compromisso com a pátria. Está relacionado à valorização dos símbolos nacionais, da história do país e do exercício da cidadania. Ser cívico não significa apenas participar de solenidades, mas também agir com ética, solidariedade e responsabilidade no dia a dia.

O civismo no Brasil é ensinado desde a infância, por meio de atividades escolares, celebrações cívicas e o respeito aos símbolos nacionais. Esse sentimento fortalece a identidade do povo brasileiro e valoriza a democracia, a justiça e os direitos humanos.

O Brasil possui quatro símbolos nacionais reconhecidos oficialmente: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional. Cada um desses elementos representa a história, os valores e os princípios da nação. Conhecer e respeitar esses símbolos é uma forma de exercer o civismo.

A Bandeira Nacional, com seu fundo verde, o losango amarelo e o círculo azul com estrelas e a inscrição “Ordem e Progresso”, representa a união do povo brasileiro e a riqueza natural do país. É hasteada em ocasiões oficiais e deve ser tratada com respeito.

O Hino Nacional Brasileiro é uma das expressões mais fortes do civismo. Ele é executado em eventos escolares, esportivos e cívicos, sempre em pé e em silêncio ou cantando. Sua letra exalta a beleza do país e a luta por liberdade e independência.

O Brasão da República representa a forma de governo republicana e federalista, com estrelas, ramos e a inscrição “República Federativa do Brasil”. Ele aparece em documentos oficiais e prédios públicos. Já o Selo Nacional é usado para autenticar documentos oficiais da República, representando a autoridade do Estado.

Além dos símbolos, o civismo se expressa no respeito às leis, à diversidade cultural e aos direitos dos cidadãos. O verdadeiro patriotismo vai além das datas comemorativas; está em atitudes como preservar o meio ambiente, votar com consciência e respeitar os outros.

Ensinar e praticar o civismo é essencial para formar cidadãos conscientes, participativos e comprometidos com o bem comum. Na Amazônia e em todo o Brasil, o civismo é parte fundamental da construção de uma sociedade mais justa e democrática.

Atividades:

A) Questões - Responda (5 questões)

1. O que é civismo e por que ele é importante na vida em sociedade?

2. Quais são os quatro símbolos nacionais do Brasil?

3. O que representa a Bandeira Nacional e qual a frase escrita nela?

4. Quando é adequado cantar ou ouvir o Hino Nacional Brasileiro?

5. Além dos símbolos, de que outras formas o civismo pode ser praticado?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. O civismo está ligado ao amor, respeito e compromisso com a __________.

7. A frase “Ordem e Progresso” está escrita na __________ do Brasil.

8. O __________ da República aparece em documentos oficiais e prédios públicos.

9. O __________ é usado para autenticar documentos da República.

10. O respeito às leis e à diversidade cultural também são formas de exercer o __________.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) O civismo só deve ser praticado em datas comemorativas como o 7 de Setembro.

12. ( ) A Bandeira Nacional representa a união do povo e as riquezas naturais do Brasil.

13. ( ) O Hino Nacional Brasileiro deve ser ouvido ou cantado com respeito.

14. ( ) Os símbolos nacionais não têm importância na construção da identidade brasileira.

15. ( ) Votar com consciência é um exemplo de atitude cívica.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 5: Questões Ambientais da Amazônia

Objetivo (BNCC - EF08GE03 / EF08GE05 / EF08CI04):
Identificar os principais problemas ambientais da Amazônia, compreendendo suas causas, consequências e a importância da conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.

Texto: Questões Ambientais da Amazônia

A Amazônia é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. Ela abriga milhares de espécies de animais, plantas e comunidades humanas que dependem da floresta para viver. No entanto, essa riqueza natural tem sido ameaçada por diversos problemas ambientais que colocam em risco o equilíbrio do ecossistema.

O desmatamento é um dos principais desafios ambientais na Amazônia. Ele ocorre, principalmente, para dar lugar à pecuária, à agricultura extensiva e à exploração ilegal de madeira. A retirada das árvores prejudica o solo, altera o ciclo da água e contribui para o aquecimento global, pois reduz a capacidade da floresta de absorver gás carbônico.

Além do desmatamento, a poluição dos rios é outro grave problema. Muitos cursos d’água da região estão contaminados por mercúrio usado no garimpo, resíduos industriais e esgotos não tratados. Isso afeta a fauna aquática, o abastecimento de água e a saúde das populações ribeirinhas.

As queimadas também representam uma ameaça. Muitas vezes provocadas para limpar terrenos para pasto ou lavoura, elas se espalham e fogem do controle, destruindo grandes áreas e afetando o ar que se respira. A fumaça provoca doenças respiratórias e contribui para as mudanças climáticas globais.

Outro desafio é a grilagem de terras, que consiste na ocupação ilegal de áreas públicas, muitas vezes seguida por desmatamento e venda da madeira. Essa prática coloca em risco áreas protegidas e terras indígenas, aumentando os conflitos e os danos ambientais.

A biodiversidade da Amazônia também está ameaçada. Animais como a onça-pintada, o peixe-boi e várias espécies de aves e répteis estão em risco de extinção devido à destruição de seus habitats. A perda da fauna e da flora prejudica o equilíbrio ecológico e compromete o futuro da floresta.

Apesar dos problemas, há iniciativas de conservação sendo desenvolvidas por comunidades tradicionais, ONGs, pesquisadores e órgãos públicos. Unidades de conservação, projetos de reflorestamento, educação ambiental e o fortalecimento da fiscalização são algumas das ações em curso.

Proteger a Amazônia é uma responsabilidade de todos. Preservar seus recursos naturais, respeitar os povos que vivem na floresta e promover o desenvolvimento sustentável são atitudes fundamentais para garantir o futuro do planeta.

Atividades:

A) Questões - Responda (5 questões)

1. Quais são os principais problemas ambientais enfrentados na Amazônia?

2. Como o desmatamento afeta o meio ambiente amazônico?

3. Quais são as causas e consequências da poluição dos rios?

4. O que são queimadas e por que elas são perigosas para a floresta e para a saúde humana?

5. O que pode ser feito para preservar a biodiversidade da Amazônia?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. O __________ é uma das maiores ameaças ambientais da Amazônia.

7. A poluição dos rios afeta principalmente as __________ que vivem na região.

8. As queimadas liberam __________ que poluem o ar e afetam a saúde.

9. A __________ de terras provoca desmatamento e conflitos.

10. As unidades de __________ são importantes para preservar o meio ambiente.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) O desmatamento contribui para o aquecimento global.

12. ( ) As queimadas na Amazônia geralmente ocorrem de forma natural e espontânea.

13. ( ) A contaminação dos rios com mercúrio afeta apenas os animais aquáticos.

14. ( ) Projetos de reflorestamento são ações que ajudam a combater a degradação ambiental.

15. ( ) A preservação da Amazônia depende apenas dos governos locais.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 1: Características do solo da Amazônia e os tipos de solos conforme o relevo

Objetivo (BNCC - EF09GE03 / EF09GE05):
Identificar os diferentes tipos de solo na Amazônia, relacionando-os ao relevo e compreendendo sua importância para o uso econômico, a biodiversidade e a conservação ambiental.

Texto: Características e tipos de solo na Amazônia

Os solos da Amazônia são bastante variados e estão diretamente ligados ao relevo e ao clima da região. Apesar de muitas pessoas pensarem que toda a Amazônia possui terras férteis, a realidade é que grande parte de seus solos apresenta baixa fertilidade natural. Ainda assim, eles sustentam uma das maiores florestas do mundo devido ao ciclo constante de nutrientes promovido pela decomposição de folhas e galhos.

Um dos solos mais comuns na Amazônia é o Latossolo, que cobre extensas áreas de relevo plano e suavemente ondulado. Ele apresenta coloração avermelhada ou amarelada, é profundo e bem drenado. Porém, é pobre em nutrientes e rico em alumínio, o que dificulta algumas formas de cultivo.

Em áreas de várzea e próximo aos rios, predominam os solos aluviais, chamados de Gleissolos. Esses solos são formados pela deposição de sedimentos trazidos pelas cheias dos rios. Por serem mais jovens e ricos em matéria orgânica, são mais férteis e ideais para cultivos agrícolas, como o plantio de mandioca e arroz.

Nas partes mais altas do relevo, aparecem os Argissolos, que têm camadas bem definidas e contêm mais nutrientes que os Latossolos, mas ainda exigem correção para cultivo intensivo. São comuns nas áreas de terra firme e em algumas encostas.

Outro tipo importante são os Neossolos, que aparecem em locais com relevo acidentado e solos rasos, sobre rochas. Esses solos têm baixa capacidade de retenção de água e são pouco utilizados para agricultura, sendo mais adequados à vegetação nativa.

A fertilidade da floresta amazônica depende da ciclagem constante dos nutrientes orgânicos. Quando se retira a cobertura vegetal, a camada fértil desaparece rapidamente. Esse é um dos principais motivos pelos quais o desmatamento prejudica tanto o solo.

Por isso, práticas agrícolas e extrativistas devem respeitar as características dos solos e do relevo, para evitar erosão, empobrecimento e contaminação. Conhecer os tipos de solo é essencial para promover o uso sustentável dos recursos naturais.

Com planejamento e respeito ao ambiente, é possível produzir alimentos sem destruir a floresta e os recursos que sustentam tantas formas de vida.

Atividades

A) Questões - Responda (5 questões)

1. Quais são as principais características dos Latossolos na Amazônia?

2. O que são solos aluviais e por que eles são considerados férteis?

3. Por que os Neossolos têm baixo uso agrícola?

4. Como a retirada da cobertura vegetal afeta a fertilidade do solo?

5. Qual a importância de conhecer os tipos de solo para o uso sustentável da Amazônia?

B) Questões - Complete (5 questões)

6. Os Latossolos possuem coloração __________ e são pobres em nutrientes.

7. Os Gleissolos formam-se a partir da deposição de __________ dos rios.

8. Os Argissolos contêm mais __________ que os Latossolos, mas também precisam de correção.

9. Os Neossolos são solos __________ e rasos, comuns em áreas de relevo acidentado.

10. O ciclo constante de __________ mantém a fertilidade da floresta amazônica.

C) Questões - Verdadeiro ou Falso (5 questões)

11. ( ) Todos os solos da Amazônia são naturalmente muito férteis.

12. ( ) A retirada da floresta provoca rápida perda de nutrientes do solo.

13. ( ) Os solos aluviais são ricos em matéria orgânica e favorecem a agricultura.

14. ( ) Os Neossolos são ideais para o cultivo intensivo de grãos.

15. ( ) Conhecer o tipo de solo ajuda a planejar o uso sustentável do território.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 2: A pesca na Amazônia e os cuidados com o meio ambiente quanto ao defeso e pesca predatória

Objetivo (BNCC - 9º ano, componente Estudos Amazônicos / Geografia e Ciências):
Compreender a importância da pesca na Amazônia, analisando os impactos ambientais causados por práticas predatórias e valorizando as medidas de conservação ambiental, como o período do defeso, alinhando-se às competências de pensamento crítico, valorização do território amazônico e sustentabilidade (EF09GE01, EF09CI07, EF09EM01).

A pesca é uma das atividades mais importantes para a subsistência e a economia de muitas populações ribeirinhas e comunidades indígenas da Amazônia. Além de fornecer alimento, ela também é fonte de renda por meio da comercialização de peixes como o tambaqui, pirarucu, tucunaré, jaraqui e outros. Essa atividade é realizada de forma artesanal, em pequena escala, ou em maior escala com o uso de embarcações motorizadas e tecnologias de captura.

No entanto, a pesca na região amazônica exige cuidados ambientais devido à delicada relação entre o uso dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade. O ecossistema aquático amazônico abriga milhares de espécies de peixes e outros organismos que dependem de ciclos naturais, como o regime de cheias e secas dos rios, para se reproduzirem e se desenvolverem.

Uma medida fundamental para proteger esse equilíbrio é o período de defeso, uma época do ano em que a pesca de determinadas espécies é proibida para garantir sua reprodução. Durante o defeso, os pescadores cadastrados recebem um benefício do governo federal, o seguro-defeso, como forma de compensação financeira pela interrupção temporária da atividade.

Por outro lado, a pesca predatória representa uma séria ameaça à fauna aquática. Essa prática ocorre quando há a captura de peixes em épocas proibidas, uso de redes e armadilhas ilegais, ou ainda a pesca excessiva que impede a recuperação das populações de peixes. A pesca predatória pode levar à extinção de espécies e desequilibrar todo o ecossistema.

Além disso, a poluição dos rios por resíduos sólidos, esgoto e agrotóxicos também compromete a qualidade da água e a vida aquática. A degradação ambiental causada por grandes empreendimentos, como hidrelétricas e mineração, agrava ainda mais a situação dos habitats naturais dos peixes.

Para enfrentar esse problema, é essencial promover a educação ambiental nas escolas e comunidades, incentivando práticas sustentáveis de pesca e valorizando o conhecimento tradicional dos povos da floresta. A atuação conjunta de órgãos ambientais, como o IBAMA, colônias de pescadores e a sociedade civil é indispensável para garantir a conservação dos recursos pesqueiros da Amazônia.

Cuidar da pesca na Amazônia é cuidar do futuro da região. Respeitar o defeso, combater a pesca predatória e preservar os rios são atitudes que asseguram o alimento, a renda e a cultura das gerações presentes e futuras que vivem em harmonia com as águas amazônicas.

✅ Atividades

A. Questões - Responda:

1. Qual a importância da pesca para as comunidades da Amazônia?

2. O que é o período do defeso e qual o seu objetivo?

3. Cite duas espécies de peixes importantes para a pesca na região amazônica.

4. Quais são os principais impactos da pesca predatória?

5. Qual o papel da educação ambiental na proteção dos rios da Amazônia?

B. Questões - Complete:

6. O __________ é uma medida de proteção que proíbe a pesca de algumas espécies durante o período reprodutivo.

7. A pesca __________ ocorre quando são usadas técnicas ilegais ou quando se pesca em quantidade excessiva.

8. O __________ é um benefício pago aos pescadores durante o período de defeso.

9. A construção de __________ e o uso de __________ nos rios causam poluição e prejudicam a vida aquática.

10. A proteção dos rios amazônicos depende da união entre __________, __________ e __________.

C. Questões - Verdadeiro ou Falso:

11. ( ) O defeso existe para incentivar o aumento da pesca em épocas de reprodução.

12. ( ) A pesca predatória pode levar à extinção de espécies e desequilíbrio ambiental.

13. ( ) Os peixes da Amazônia se reproduzem durante o período de cheia dos rios.

14. ( ) A pesca artesanal é a principal causa da devastação dos rios amazônicos.

15. ( ) A atuação de órgãos como o IBAMA é importante para fiscalizar e proteger os recursos pesqueiros.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 3. O Arco do Desmatamento

Objetivo (BNCC - EF09GE03, EF09GE07)
Compreender o conceito de Arco do Desmatamento, suas causas e consequências socioambientais, analisando criticamente os impactos da expansão agropecuária e da exploração de recursos naturais na Amazônia.

Texto:
O Arco do Desmatamento é uma faixa que se estende pela parte sul e leste da Amazônia Legal, incluindo áreas de estados como Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Tocantins, Maranhão e Amazonas. Nessa faixa, ocorre a maior parte da devastação florestal na região amazônica, sendo associada à expansão agrícola, pecuária e madeireira.

A origem do Arco do Desmatamento está relacionada aos grandes projetos de integração nacional iniciados na década de 1970, com a abertura de rodovias como a Transamazônica (BR-230) e a BR-163. Essas vias facilitaram o acesso à floresta, promovendo a ocupação desordenada e a exploração intensa dos recursos naturais.

A expansão da agricultura e da pecuária de corte tem sido uma das principais causas do desmatamento. Muitas áreas são desmatadas e queimadas para formação de pastagens ou para o cultivo de soja, milho e outras monoculturas, gerando prejuízos ao ecossistema amazônico.

Outro fator relevante é o garimpo ilegal, que além de causar desmatamento, polui os rios com mercúrio, afetando a vida aquática e a saúde das populações ribeirinhas e indígenas. A grilagem de terras e a especulação fundiária também contribuem para o desmatamento descontrolado.

A perda de cobertura vegetal afeta o regime de chuvas, o equilíbrio climático e a biodiversidade. Com isso, animais e plantas são colocados em risco, e populações humanas perdem acesso a recursos essenciais para sua sobrevivência.

O combate ao desmatamento requer fiscalização, políticas públicas eficazes e participação ativa da sociedade. Medidas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a atuação de órgãos como o IBAMA e o ICMBio são fundamentais para conter os danos.

Além disso, é importante fomentar práticas sustentáveis e o uso responsável dos recursos naturais. A educação ambiental tem papel essencial na formação de uma consciência crítica sobre a importância de preservar a Amazônia.

Atividades (15 questões):

Responda:

1. O que é o Arco do Desmatamento?

2. Quais atividades econômicas contribuem para o desmatamento na Amazônia?

3. Qual a importância da Transamazônica nesse processo de ocupação?

4. Quais são os impactos do garimpo ilegal nos rios amazônicos?

5. Como o desmatamento afeta o clima da região?

Complete:
6. O Arco do Desmatamento se localiza principalmente nas regiões ______ e ______ da Amazônia Legal.
7. A expansão da agricultura e da ______ são os principais fatores do desmatamento.
8. A queima de áreas desmatadas contribui para a emissão de ______ na atmosfera.
9. A perda da biodiversidade compromete a ______ da floresta amazônica.
10. O Cadastro Ambiental ______ é uma ferramenta de fiscalização e controle.

Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) O Arco do Desmatamento é uma área onde a floresta amazônica é totalmente preservada.
12. ( ) A construção de rodovias facilitou o acesso à floresta e acelerou o desmatamento.
13. ( ) A agricultura familiar é a principal responsável pelo desmatamento na Amazônia.
14. ( ) O desmatamento pode influenciar negativamente o regime de chuvas.
15. ( ) A preservação da floresta depende apenas das ações do governo.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tema 4. Civismo

Objetivo (BNCC - EF09HI01, EF09HI07)
Reconhecer a importância dos símbolos nacionais, da cidadania e da participação social na construção da identidade brasileira e na valorização do território amazônico.

Texto:
O civismo é o conjunto de valores, atitudes e comportamentos que demonstram respeito pelo país, pela cultura e pelas instituições. Ser cívico é exercer a cidadania, valorizando os direitos e cumprindo os deveres com consciência e respeito à coletividade.

No Brasil, os principais símbolos nacionais são a bandeira, o hino, o brasão e o selo nacional. Eles representam a soberania, a história e a unidade do povo brasileiro. Estão presentes em eventos oficiais, escolas e repartições públicas, lembrando a importância do patriotismo.

O civismo não se resume a cantar o hino ou hastear a bandeira. Também envolve atitudes no cotidiano, como preservar o patrimônio público, respeitar o meio ambiente e participar de decisões que afetam a comunidade.

Na Amazônia, o civismo se expressa na valorização das culturas tradicionais, no respeito aos povos originários e na defesa da floresta como parte essencial da identidade nacional. Ser cívico é lutar pela preservação da natureza e pelos direitos das populações amazônicas.

Nas escolas, o ensino do civismo contribui para a formação de cidadãos conscientes, críticos e comprometidos com o bem comum. A educação para a cidadania deve incluir debates sobre ética, direitos humanos e justiça social.

O exercício do civismo fortalece a democracia e permite a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É uma ferramenta de transformação e resistência diante de injustiças e desigualdades sociais.

O respeito à diversidade cultural e o combate ao preconceito também são formas de civismo. Em um país como o Brasil, multicultural e diverso, a convivência harmônica entre os povos é um valor fundamental.

Praticar o civismo é um dever de todos, independentemente da idade ou classe social. Ele começa em casa, se estende à escola e se fortalece na comunidade.

Atividades (15 questões):

Responda:

1. O que é civismo?

2. Quais são os principais símbolos nacionais do Brasil?

3. Como o civismo pode ser exercido na Amazônia?

4. Qual a importância do civismo para a democracia?

5. Como o civismo se relaciona com o respeito ao meio ambiente?

Complete:
6. O civismo é o conjunto de valores e atitudes de respeito ao ______ e às instituições.
7. Os quatro símbolos nacionais do Brasil são: bandeira, ______, brasão e selo nacional.
8. A prática do civismo fortalece a ______ e o sentimento de coletividade.
9. Nas escolas, o civismo é ensinado para formar cidadãos ______ e conscientes.
10. Na Amazônia, o civismo também significa lutar pela ______ da floresta.

Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Civismo é apenas cantar o hino nacional.
12. ( ) O respeito à diversidade cultural é uma forma de civismo.
13. ( ) O civismo não se relaciona com a cidadania.
14. ( ) O civismo ajuda a fortalecer a democracia e os direitos humanos.
15. ( ) Praticar civismo é dever apenas de autoridades públicas.

ESTUDOS AMAZÔNICOS – 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

5. Cultura amazônica: contos, lendas, mitos e danças

Objetivo (BNCC – Componente: História/Arte/Estudos Amazônicos – 9º ano):
Valorizar o patrimônio cultural da Amazônia por meio do reconhecimento das expressões orais, artísticas e simbólicas, como os contos, lendas, mitos e danças tradicionais.

Texto:

A cultura amazônica é rica em tradições orais, expressões artísticas e manifestações simbólicas que revelam a sabedoria dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e demais comunidades que habitam a região. Parte importante desse patrimônio cultural são os contos, lendas e mitos transmitidos de geração em geração.

As lendas amazônicas explicam fenômenos naturais, comportamentos humanos ou a origem de elementos do ambiente. Um exemplo é a lenda do boto cor-de-rosa, que assume forma humana para seduzir mulheres nas festas. Outro mito muito conhecido é o da Iara, a sereia das águas doces que encanta pescadores.

Essas histórias refletem a relação profunda entre os povos da floresta e a natureza. Por meio dos mitos, são ensinados valores como o respeito ao rio, aos animais, à floresta e à vida comunitária. Muitas dessas narrativas têm raízes indígenas e revelam uma cosmologia própria, distinta da visão ocidental.

As danças tradicionais também ocupam lugar de destaque na cultura amazônica. Ritmos como o carimbó, o siriá e o lundu misturam influências indígenas, africanas e europeias, expressando a alegria, a resistência e a identidade regional. As danças são acompanhadas por instrumentos como o curimbó, maracá e flautas de taquara.

Festas populares como o Festival de Parintins, o Çairé em Santarém e as celebrações juninas revelam o sincretismo cultural da região. Nessas ocasiões, mitos, danças e religiosidade se entrelaçam, fortalecendo os laços entre os moradores e preservando a tradição.

A oralidade é um elemento essencial para a manutenção dessas expressões culturais. Mesmo com o avanço da tecnologia e da urbanização, muitas comunidades mantêm viva a tradição de narrar histórias ao redor da fogueira, nas rodas de conversa ou nos rituais religiosos.

Valorizar os mitos, lendas e danças amazônicas é reconhecer a pluralidade do Brasil e combater o preconceito cultural. Muitas vezes, essas tradições são invisibilizadas nos meios de comunicação ou desvalorizadas nas escolas, o que reforça a importância de seu estudo no currículo escolar.

Preservar esse patrimônio é também preservar a memória de um povo. Ao conhecer e respeitar as manifestações culturais da Amazônia, contribuímos para a construção de uma sociedade mais diversa, rica e inclusiva.

Atividades (15 questões):

Responda:

1. Qual é a importância das lendas na cultura amazônica?

2. Cite duas lendas conhecidas da região amazônica.

3. O que as danças tradicionais revelam sobre os povos da Amazônia?

4. Qual o papel da oralidade na preservação cultural da Amazônia?

5. O que podemos aprender com os mitos e contos da floresta?

Complete:
6. A lenda do __________ fala sobre um ser encantado que seduz mulheres nas festas.
7. O __________ é um instrumento típico usado no carimbó.
8. As lendas e mitos ensinam valores e mostram o __________ dos povos amazônicos com a natureza.
9. O __________ é uma dança típica da Amazônia com origem indígena e africana.
10. O Festival de __________ acontece no estado do Amazonas e valoriza a cultura regional.

Verdadeiro ou Falso:
11. ( ) Os mitos amazônicos não têm importância cultural nos dias atuais.
12. ( ) As danças tradicionais revelam as influências culturais presentes na Amazônia.
13. ( ) O carimbó é uma dança moderna, sem raízes culturais.
14. ( ) Contos, mitos e lendas ajudam a preservar a memória dos povos da floresta.
15. ( ) A oralidade é fundamental para manter vivas as tradições amazônicas.